Cisto sinovial é o tumor mais frequente nas mãos

O aparecimento de um caroço próximo das articulações, como nas mãos, por exemplo, pode indicar um problema chamado cisto sinovial, um tipo de tumor benigno considerado o mais frequente nesse membro. Com aspecto arredondado e mole, ele é formado por acúmulo de líquido, uma substância que serve para lubrificar as articulações.

O cisto sinovial é comum nos punhos e nos dedos. Este mês, a apresentadora Ana Hickmann, em seu perfil no Instagram,  contou que passou por uma cirurgia para retirar um cisto no dedo indicador da mão esquerda, pois ele estava atrapalhando as atividades do seu dia a dia.

O presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão), Dr. João Baptista Gomes dos Santos, explica que, por ser benigno, não há a possibilidade de o cisto evoluir para um tumor maligno, mas se aumentar de tamanho e comprimir nervos, tendões ou estruturas adjacentes, pode resultar em dor, diminuição do movimento ou perda da função articular.

Causa e sintomas

O cisto sinovial pode ser causado por traumas no local,  esforços ou desgaste por doença degenerativa. O tamanho varia e há casos de versões ocultas, que dificultam o diagnóstico.

O sinal mais comum é o surgimento de um caroço arredondado e mole que aparece perto da articulação. “Como cresce perto de músculos, nervos ou tendões, algumas pessoas podem sentir dor, formigamento e perda de força ou de sensibilidade, principalmente quando o cisto tem um tamanho muito grande”, ressalta Dr. João. “Se estiver oculto, porém doloroso, um exame pode auxiliar no diagnóstico”, completa.

Tratamento

Algumas vezes, os cistos desaparecem sozinhos, mas no caso de ser um cisto de tamanho grande ou provocar dor e diminuição da força, é preciso entrar com medicamento analgésico, prescrito pelo médico, que ajuda a melhorar os sintomas, mas não faz o cisto sumir.

Já quando não houver melhora, pode ser necessária a utilização de técnica invasiva. Uma alternativa é a aspiração do cisto, que consiste em drenar com uma agulha o líquido, podendo-se injetar, em seguida, um corticoide. “Se ainda assim não houver melhora, aí é indicada cirurgia, que pode ser via aberta ou artroscópica, com equipamento que permite olhar para dentro da articulação, com mínima cicatriz”, fala o presidente da SBCM.

O paciente é liberado no mesmo dia, com a orientação de repouso e o especialista pode recomendar sessões de fisioterapia.

 

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