A primavera chegou, e também as alergias, previna-se
A estação mais perfumada e florida do ano está no ar. Alegria para uns, desconforto para outros. Com o tempo mais seco, característico do período, pode ocorrer o agravamento de doenças respiratórias, como asma, rinite alérgica e bronquite crônica, além das alergias – especialmente nos olhos, devido às conjuntivites.
Isso acontece nesta época porque há um acúmulo de poluentes no ar, além da intensificação da presença de polens, que desencadeiam as mais diversas alergias. O diretor médico da Unimed Laboratório, Mauro Scharf, explica que o pólen é uma parte muito pequena das plantas que algumas árvores, gramíneas e flores dispersam pelo ar. “As pessoas alérgicas ou geneticamente predispostas quando absorvem o pólen pelas vias respiratórias identificam esta substância como um agente invasor, causando a alergia”.
Entre as reações mais comuns e que podem perdurar durante toda a estação estão a tosse constante – que pode causar falta de ar –, garganta seca, ardência e lacrimejamento dos olhos, espirros frequentes e congestão nasal. Para o diagnóstico da alergia ao pólen, por exemplo, ele destaca que alguns exames ajudam a detectar a presença do agente causador e podem indicar de forma mais específica quais os tipos de alergia que o paciente pode ser sensível.
“Alguns exames são feitos diretamente na pele e outros, realizados pelo sangue. Os testes realizados com o sangue são coletados no laboratório e vão desde uma simples dosagem de IgE (anticorpos específicos) até os mais complexos exames de investigação, onde é possível determinar diferentes tipos desses anticorpos IgE e até 112 componentes alergênicos a partir de mais de 50 fontes diferentes, em um único exame”, explica Scharf.
A especialista em biologia molecular Roberta Dutra destaca que os testes podem acelerar o diagnóstico possibilitando determinar qual o componente molecular envolvido no processo alérgico e não somente a fonte da alergia. “Porém, é importante reforçar que sempre é fundamental a avaliação médica e a análise criteriosa dos possíveis alergênicos, pois ele é que pode determinar as pesquisas e exames necessários. Além disso, o especialista de laboratório também tem papel importante no auxílio ao direcionamento do teste mais adequado”, completa.
Como a primavera é associada a algumas alergias comuns, muitos aproveitam também para descobrir outras como a de alimentos, animais ou outros alergênicos presentes no ar. Antigamente, a única alternativa era os testes realizados de forma subcutânea, ou seja, na pele. Hoje, com o avanço na área diagnóstica, novas possibilidades menos desconfortáveis e mais precisas estão disponíveis no mercado.
De acordo com Scharf, exames como o ImmunoCAP®Isac podem oferecer vantagens no diagnóstico e identificação das alergias. “Na prática, os exames são recomendados em casos de suspeita de sintomas alérgicos, especialmente após a exclusão de outros fatores externos que possam impactar na alergia do paciente”, explica, acrescentando que o exame é feito mediante uma pequena amostra de sangue.
Dicas
Mauro Scharf também listou algumas dicas para evitar as alergias durante a primavera.
- Mantenha as mãos sempre limpas e evite o contato delas com os olhos.
- Hidrate-se. A água é a melhor amiga em todos os momentos.
- Use sabão e detergente neutro para a lavagem das roupas.
- Mantenha os ambientes limpos e arejados – especialmente porque ainda vivemos a pandemia da Covid-19. Deixe o sol entrar e eliminar os ácaros naturalmente.
- Evite limpar a casa com vassouras, pois elas espalham os resíduos que agravam as crises. Prefira sempre os panos úmidos.
- Mantenha brinquedos e pelúcias em embalagens para evitar o acúmulo de poeira.