Massagem no tratamento contra endometriose
O convívio com a dor é um dos maiores desafios enfrentados por mulheres que sofrem com a endometriose, doença em que o tecido que reveste o útero cresce fora da cavidade uterina, causando distensão abdominal, intensas cólicas menstruais e até mesmo infertilidade. O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico, e a decisão entre um e outro depende da gravidade dos sintomas, bem como da extensão e localização da doença, além da idade da paciente.
O problema, que afeta especialmente mulheres em idade reprodutiva, pode ser minimizado, no entanto, com o auxílio de terapias que não requerem medicamento. E a boa notícia é que a massagem é considerada um tratamento complementar importante, por ser uma aliada na diminuição da dor crônica causada pela endometriose.
“Além da infertilidade, a endometriose causa muita dor durante a menstruação, na hora da relação sexual e até para fazer uma atividade física. Se você puder amenizar as dores causadas pela doença, fazendo massagem, é um benefício”, afirma o ginecologista e obstetra dr. José Bento. Segundo ele, a endometriose ocorre em razão de “uma falha do sistema imunológico”, e acrescenta: “Se com a massagem a gente melhora o sistema imunológico, ao melhorar as condições do cortisol, melhoramos a endometriose”.
Benefícios da massagem
Criadora de seis protocolos de massagem, entre eles a Babymoon, voltada para a mulher que busca engravidar, a esteticista Renata França destaca: “Manobras feitas no abdômen, por exemplo, melhoram o sistema circulatório, relaxando os músculos dessa região e, consequentemente, trazendo bem-estar à paciente”.
Ela ressalta ainda que a drenagem linfática, especialmente, diminui o inchaço causado por líquidos excedentes e reduz os edemas, conhecidos como inchaços. “Se a mulher estiver menstruada, a massagem vai aumentar o fluxo do sangue e trazer relaxamento, melhorando dessa forma os sintomas”. Segundo ela, são inúmeros os casos de alunas que relatam uma expressiva melhora da dor em pacientes que costumam receber massagem.
Renata adverte também sobre a importância do acompanhamento médico, sempre que as dores forem recorrentes.