O que considerar ao levar seu pet para viajar

Se você pretende viajar neste final de ano com o seu pet, seja de avião ou de carro, existem regras para se atentar. Confira dicas do especialista animal Cleber Santos

Malas prontas, destino certo e pet em sua caixa de transporte. Não, não… isso não é tudo! Ultimamente tem crescido muito os casos de animais que sofrem no traslado de avião, acontecendo infelizmente casos de óbito, por ficarem tempo demais em suas caixas de transporte, sob alto estresse, chegando a sofrer paradas cardiorrespiratórias. Para que isso seja evitado, é necessário um preparo prévio por parte dos tutores.

Cleber Santos, CEO da Comport Pet e especialista em comportamento animal, dá dicas valiosas de como evitar problemas e garantir uma viagem segura e feliz para todos. Entenda como preparar a viagem com seu pet, seja de avião ou de carro:

Antes de uma viagem de AVIÃO:

  1. Regras da CIA aérea: Informe-se sobre as regulamentações específicas da companhia aérea, pois cada companhia tem suas próprias regras para o transporte de animais. Há casos graves de transporte incorreto, é fundamental ter certeza de que a Cia está preparada para locomover seu companheiro com segurança e bem-estar.
  2. Consulta veterinária: consulte o veterinário antes da viagem, para se certificar de que seu pet está apto a voar, além de pedir orientações sobre cuidados durante o trajeto.
  3. Invista na véspera da viagem: É ideal que os pets façam passeios ou fiquem em uma creche brincando no dia anterior, para que gastem bastante energia e estejam mais equilibrados na hora do voo.
  4. Caixa de transporte adequada: Na hora de comprar a caixa de transporte, fique atento à dimensão. A caixa precisa garantir que o pet fique de pé e que possa se esticar e fazer um movimento de 360°.
  5. Adaptação prévia à caixa: pré-adapte seu pet à caixa de transporte com antecedência. O ideal seria começar meses antes do voo. Se não, com a máxima antecedência possível. Em casa, elabore uma rotina para que a caixa seja inserida como parte do ciclo diário dele. Para isso, deixe a caixa perto de onde ele dorme, se alimenta ou brinca, de modo que o animal consiga entrar e sair da caixa sozinho sempre que quiser. Isso o ajudará a criar associações positivas entre a caixa e as situações de seu dia a dia. Como no avião eles normalmente viajam no bagageiro, isso pode gerar muito stress nos pets que não estão habituados com mudanças de ambiente. Para gatos, a atenção é redobrada. Gatos são animais naturalmente estressados, mais do que a maioria dos cães, então precisam ser treinados para isso com muito mais antecedência.
  6. Enriquecimento ambiental: o enriquecimento ambiental é a adaptação do local onde está o pet. Na caixa de transporte, deixe disponível brinquedos atrativos, lúdicos, com desafios e diversão para manter seu cão entretido e trabalhando os seus sentidos. Isso vai ajudá-lo a não se estressar durante a viagem. Só não encha muito a caixa de objetos. É importante que o pet consiga se locomover e que não fique confuso com estímulos demais.
  7. Escolha voos noturnos ou mais tranquilos: priorize viajar com seu pet durante a noite ou em horários fora do pico, isso pode proporcionar uma experiência mais tranquila para ele.
  8. Alimentação moderada: Antes da viagem, o ideal é uma alimentação sem excessos, para prevenir desconforto estomacal. A maioria dos pets acaba enjoando, então é melhor que se alimentem no destino, mas no caso de viagens mais longas, podem alimentar o pet duas ou três horas antes de viajar, assim dá tempo de fazer a digestão. Deixe para oferecer mais água assim que pousar e estiver com o animal. Não esqueça de também o levar imediatamente para fazer as necessidades em alguma área aberta.

Ao viajar de CARRO:

  1. Passeios prévios: antes da viagem, vá acostumando seu pet com passeios no carro. Aumente gradualmente a duração dos passeios, para que ele se acostume à movimentação do veículo.
  2. Paradas regulares: durante a viagem, faça paradas de tempo em tempo para permitir que seu pet se alongue e faça suas necessidades. Esticar as pernas é essencial para evitar desconfortos.
  3. Ventilação e segurança: se a viagem é de carro, lembre-se sempre do ar-condicionado ou uma boa ventilação, e use o cinto de segurança animal, que é de caráter obrigatório por lei, independentemente do tamanho do animal! Mesmo que o pet fique agitado ou barulhento, viajar com o pet solto no banco de trás não é seguro e pode causar graves acidentes de trânsito ao alcançar os pés do condutor, entrar no volante, colocar a cabeça para fora da janela ou pular do carro. No caso dos gatos, mantenha-os dentro da caixinha de transporte também com o cinto de segurança passado em torno da mesma.
  4. Itens afetivos: Santos enfatiza a importância de trazer itens familiares, como brinquedos e cobertores preferidos pelo animal, a fim de proporcionar conforto durante a viagem.

Em todos os cenários, a dica do especialista é manter a calma e a paciência. “Viagens podem ser estressantes para alguns pets. Transmita tranquilidade e segurança para ajudá-lo a relaxar”, completa Cleber.

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