Aleitamento materno reduz riscos na idade adulta, como obesidade, doenças reumatológicas e cardiopatias

No Brasil, 45,8% dos bebês são alimentados exclusivamente com leite materno

 O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida do bebê traz ganhos à saúde que se estendem por toda a vida, como comprova a recomendação da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). “Os benefícios vão além da infância e possuem proveitos a longo prazo: há inúmeras vantagens para a vida adulta, sendo o leite materno um superprotetor para diversas doenças, entre elas as reumatológicas, diabetes, cardiopatias, sobrepeso e obesidade”, afirma a pediatra credenciada Omint, Laura Naspitz.

Ela ressalta que quanto maior for o tempo amamentando, menor será o risco de o bebê desenvolver alergia alimentar ou de pele. “A recomendação da OMS é a exclusividade até os seis meses, mas pode ser prolongada até os dois anos ou mais”. No Brasil, a prevalência de bebês amamentados exclusivamente até os seis meses de vida é de 45,8%, de acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI).

O leite materno ainda vai auxiliar na prevenção de anemia e está associado ao melhor desenvolvimento cognitivo e escolar. “Há também um impacto bastante positivo para o desenvolvimento da face do bebê. Durante as mamadas, o movimento de sucção vai auxiliar no fortalecimento dos músculos do rosto, desenvolvendo a região mandibular e a arcada dentária”, expõe Naspitz.

Constituído por água, lipídios, vitaminas, açúcares, substâncias anti-inflamatórias, imunoglobulinas e sais minerais, o leite materno é considerado como um composto vivo, pois se adapta conforme às necessidades nutricionais e de saúde do bebê.

“O leite é equilibrado para o momento que o bebê está vivendo. Se houver alguma doença, ele será enriquecido por anticorpos para auxiliar no processo de convalescença da doença. Ele sempre vai ter uma composição ideal”, explica Naspitz.

Amamentar também traz proveitos para a mulher

Não é somente o bebê que se favorece do leite materno: o ato de amamentar é um poderoso agente na recuperação da mulher. “Durante as mamadas, o útero se retrai mais rapidamente, auxiliando no controle do sangramento pós-parto”, explica a doutora. “Além disso, há menor risco para doenças como os câncer de mama, de ovário e de endométrio em mulheres que já amamentaram”, esclarece.

A recuperação do peso anterior à gestação também é uma consequência da amamentação, pois o corpo gasta uma média de 800 calorias somente para produzir o leite.

Como se preparar para a amamentação?

Embora a produção do leite no corpo feminino seja algo natural durante a gestação, amamentar exige preparo e informação, como destaca a pediatra. “Mesmo com informações qualificadas e todo um preparo durante a gestação, existem mães que encontram dificuldade. Nesse caso, é fundamental procurar ajuda assim que identificar algum problema”.

Também é importante que a gestante tenha a sua decisão acolhida por sua rede de apoio familiar e pelo parceiro. Além disso, é fundamental ter o respaldo técnico por profissionais, como o obstetra, pediatra e nutricionista, que sejam amigos da amamentação.

Caso a mulher encontre complicações para amamentar nos primeiros dias, é importante procurar a ajuda de um profissional o quanto antes. E, em alguns casos, também é possível receber auxílio gratuito nos bancos de leite de maternidades públicas e particulares.

Programa Boa Hora

A continuidade do aleitamento materno após o término da licença-maternidade é um dos grandes desafios da mulher no retorno ao mercado de trabalho. Diante de todos os benefícios, a perenidade desse processo requer preparação e planejamento por parte da mãe e profissional, suporte de sua rede de apoio e da sociedade como um todo, para que haja possibilidades para a extração do leite durante o tempo longe do filho.

Reconhecendo essa importância, a Omint desenvolveu o Programa Boa Hora, que disponibiliza enfermeiras obstetras para acolher as dúvidas das suas clientes, a fim de auxiliá-las durante a gestação, pós-parto e primeiros dias do bebê. Esse período muito especial é envolvido por dúvidas e desafios. Por isso, o objetivo é proporcionar acolhimento personalizado às mães e orientá-las em temas como alimentação, sintomas do trabalho de parto, atividade física, cuidados com o recém-nascido, tipos de parto e sobre a importância da amamentação e retorno ao trabalho, apoiando a mulher que não deseja interromper a amamentação na retomada da carreira.

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