Psicólogo é coisa de adulto?

Conheça a importância do acompanhamento psicológico profissional na infância

Cerca de 30% da população brasileira faz psicoterapia atualmente e, dentro deste percentual, 60% dos pacientes deram início às sessões ao longo dos anos de 2020 e 2021, picos da pandemia de coronavírus no país. Mesmo com o aumento no número de brasileiros que buscam atendimento psicológico, uma pesquisa feita pela plataforma Vittude em 2019, indica que mais de 85% da população nacional já apresentava alguma espécie de transtorno mental antes da pandemia e, desde então, mais da metade dos integrantes desse contingente têm de lidar sozinhos com problemas psicológicos, agravados por meses sem interação social.

Neste cenário, as crianças estão entre os que tiveram suas rotinas mais afetadas. As escolas, por exemplo, retornaram ao modelo de aulas presenciais só no início de 2022. Como explicar que, depois de tanto tempo, eles podem voltar a sair? Que têm que tomar cuidado para não ficarem expostos a novas variantes da COVID-19? Que precisam socializar após tanto tempo isolados? Para tudo isso, o atendimento psicológico infantil é muito importante, e não exclusivamente pelo período atípico de retomada, mas até mesmo para que a criança seja acompanhada por um especialista e tenha um crescimento mentalmente saudável.

Quando procurar psicólogo para crianças?

Não é preciso detectar um problema grave para procurar acompanhamento psicológico. Sabemos que a constatação de alguma dificuldade emocional é o principal gatilho na busca do profissional. Porém, ter alguém para ajudar a lidar com as nossas emoções e desafios pessoais pode ser proveitoso em qualquer momento da vida. Contudo, é comum que os pais façam isso diante de determinados sinais, como:

  • comportamentos agressivos;
  • tristeza e apatia;
  • dificuldade de convivência;
  • problemas relacionados ao aprendizado escolar;
  • agitação e déficit de atenção;
  • fases complicadas (luto, mudanças, separações etc.)

Ficar atento à criança é fundamental para perceber qualquer indício em seu comportamento no dia a dia, procurando ajuda antes que os problemas se intensifiquem e sejam arrastados por anos. Muitas vezes, nada de grave acontece, mas cada pessoa reage de uma maneira diferente. Assim, oferecer apoio é o mais importante. A maneira mais fácil de perceber tudo isso é fazer parte da rotina com o olhar atento. Os momentos mais simples, como cozinhar com as crianças, colocá-las para dormir ou uma conversa no trajeto para a escola, são ótimos para identificar os sinais. Ou seja, é essencial demonstrar interesse em participar da vida delas para se abrirem ou pelo menos expor algumas reações.

Qual é a importância do acompanhamento psicológico para crianças?

O tratamento psicológico é importante em qualquer fase da vida, mas na infância esse acompanhamento pode ser ainda mais significativo pela dificuldade das crianças em entenderem suas emoções e lidar com elas. Por exemplo, quando um adulto passa por um luto pela morte de alguém, ele tem um pouco mais de consciência sobre todo o processo. Já a criança, muitas vezes não sabe o que está sentindo, por que está com aquele sentimento e o que fazer com ele. O psicólogo usa todo seu conhecimento e ferramentas para ajudar no desenvolvimento cognitivo e emocional. A capacidade de concentração, a expressão de alguns sentimentos, os relacionamentos sociais e a autoestima são exemplos de questões comuns tratadas na psicoterapia infantil.

Como escolher um bom psicólogo?

Essa é uma tarefa que requer atenção, já que ter um bom profissional faz toda a diferença. Então, temos algumas dicas para quem não sabe como fazer a melhor escolha:

  • procure referências com amigos e conhecidos;
  • confirme se o profissional é realmente formado em Psicologia e está habilitado para exercer a profissão;
  • pesquise sobre as linhas de trabalho do psicólogo;
  • marque uma consulta para conhecer melhor o profissional e leve a criança em outra ocasião para fazer o mesmo.

O mais importante é encontrar alguém com uma boa formação e que também reúna características comportamentais interessantes, como empatia, sensibilidade, carisma e paciência. Tudo isso ajuda a aproximar a relação entre o profissional e seu paciente, contribuindo para que os resultados do tratamento sejam os melhores possíveis.

Fonte: Blog do Cartão de TODOS

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