O Primeiro Amor

por Nilda Dalcól

Sinceramente, acho que poucos lembram do primeiro amor.
Talvez até lembrem, mas já sem emoção…a não ser que tenham casado com ele, aí fica difícil não lembrar.

Quem viveu muitos amores e quem sabe se perdeu pelo caminho, já esqueceu do frio no estômago; do coração batendo descompassadamente; dos arrepios; da incerteza de não ser correspondido; dos encontros fortuitos; dos olhos nos olhos; da sensação de que flutuava; da centena de bilhetes que escreveu e que nunca entregou; da música que ouviu e que, traduzido naquele sentimento cristalino, enlevado, perdia a noção do tempo ao seu redor.

Ah, o primeiro amor!!
Tão puro como um diamante a ser lapidado.
Tão inocente como o olhar de um anjo.
Tão sincero como o amor de mãe.

Intempestuosamente, invadiu a nossa vida e a transformou num torvelinho que, à deriva, perambulou na imaginação até termos coragem para torná-lo tangível e vivê-lo na singeleza da sua inocência…

Tomara que o romantismo não tenha acabado e que voltem a sentir a mais doce e verdadeira emoção do primeiro amor, aquele que nem o tempo conseguirá apagar da memória e que nos acompanhará até o fim dos tempos.

Assim espero…

“Infinito como o sempre e Indecifrável como o nunca”

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