Pets também sofrem com doenças oftálmicas

Tanto em humanos quanto nos animais, a saúde dos olhos não pode ser deixada de lado. E é por isso que, no mês em que se celebra o Dia Mundial da Saúde Ocular (10/07), a DrogaVET traz o alerta para as principais doenças que acometem os pets. Pioneira na manipulação veterinária no país, a empresa também foi a primeira a investir na criação de um laboratório específico de oftalmologia para animais de estimação, sediado em Curitiba, com capacidade técnica para atender toda a rede e com venda online para todo o Brasil.

Segundo a veterinária consultora da DrogaVET, Ana Letícia Souza, assim como os humanos, os pets também ficam com o olho irritado e podem ser afetados por conjuntivite, ceratoconjuntivite seca, glaucoma, catarata, doenças de pálpebras e cílios e até úlcera de córnea.

“Algumas dessas doenças surgem, principalmente, quando o tempo está seco e são agravadas em razão do ar poluído e poeira dos centros urbanos, outras em função de pré-disposição genética de algumas raças, mas o fato é que se não forem diagnosticadas a tempo e tratadas, podem gerar complicações, prejudicando a saúde dos pets levando-os até à cegueira”, explica.

A ceratoconjuntivite seca, por exemplo, popularmente conhecida como “olho seco”, acomete cães e é caracterizada pela diminuição da produção lacrimal, afetando significativamente a saúde da superfície ocular.

“Apesar de não parecer, o filme lacrimal (lágrima) tem funções importantes para a manutenção da saúde ocular, que vão desde a lubrificação à proteção dos olhos contra corpos estranhos, passando pelo aporte de nutrientes e oxigênio para as células da córnea. Trata-se de uma doença que não tem cura, cujos sinais clínicos são a deficiência da produção de lágrima, a vermelhidão da parte branca do olho (hiperemia conjuntival) e alterações da superfície ocular, como pigmentação e aspecto ressecado do olho”, detalha a profissional.

Após o diagnóstico do médico veterinário especializado em oftalmologia, o tratamento é baseado em um protocolo de acompanhamento para controle da doença.

“Muitas vezes, utilizam-se colírios e pomadas manipuladas com medicações imunomoduladoras. Algumas raças são mais propensas a desenvolvê-la, como: Boxer, Shih Tzu, Lhasa Apso, Pequinês, Pug, Bulldog Inglês, Bulldog Francês, Boston Terrier e também os gatos Persas. Por serem raças braquicefálicas, com os focinhos achatados e os olhos mais expostos, amplia-se a chance de ressecamento ocular. Os cuidados, portanto, de tutores desses pets devem ser redobrados”, comenta Ana Letícia.

Além disso, outros problemas oftalmológicos que podem prejudicar os pets são o glaucoma e a catarata. “O glaucoma ocorre em função do aumento progressivo da pressão intraocular e, na maioria dos casos, é assintomática, ou seja, silenciosa e imperceptível, o que a torna extremamente perigosa, podendo levar à cegueira se não diagnosticada a tempo. Já a catarata, traz um aspecto esbranquiçado no olho, bloqueando parte da visão e, em muitos animais, está associado ao diabetes. Por este motivo, recomenda-se que os tutores levem o pet regularmente às consultas oftálmicas, pelo menos, a cada seis meses, mesmo se estiver tudo bem, exatamente como nós humanos fazemos”, pondera a especialista.

Há ainda, segundo Ana Letícia, a doença das pálpebras e dos cílios, comuns em algumas raças, como o Sharpei, apresentando eversão das pálpebras (entrópio) e causando irritação e lesão mecânica nos olhos, e a úlcera de córnea, desencadeada por diferentes causas, tais como: atrito, trauma direto, secador e shampoo do banho, entre outras, ocasionando lesões em camadas da córnea (epitélio, estroma, descemet ou, ainda, perfuração), gerando um extremo desconforto ao pet. “Além do inchaço e vermelhidão nos olhos, os tutores devem perceber se o pet pisca demasiadamente ou muito rápido, se as pálpebras ficam mais fechadas do que o normal, se há edema e secreção em excesso nos olhos, coceiras, lacrimejamento excessivo, mancha, mudança de cor, tamanho ou formato e intolerância aos ambientes claros”, indica a veterinária.

O diagnóstico precoce das doenças oculares é fundamental para o sucesso do tratamento. “No caso do olho seco, os veterinários podem contar, por exemplo, com os strips para realizar o Teste de Schirmer. “Eles consistem em tiras de papel de filtro graduadas e embaladas em pares e cuja finalidade é avaliar quantitativamente o componente aquoso do filme lacrimal”, detalha Andressa Cris Felisbino, veterinária da DrogaVET. Já no caso da úlcera de córnea, há o teste de fluoresceína, que usa um corante para gerar contraste na área lesionada, deixando-a com uma cor verde fluorescente, viabilizando a identificação da córnea, em regra, transparente.

Para o tratamento das doenças oculares, em geral, há duas formas de apresentação do medicamento oftálmico, em colírio ou em pomada e somente o veterinário do pet poderá indicar a melhor opção conforme o caso.

“Esses medicamentos são indicados para minimizar as inflamações e infecções oculares, além de auxiliarem na remoção das secreções resultantes das doenças, do clima seco, da poluição ou de sujidades presentes nos olhos. Além disso, estimulam a produção de lágrimas melhorando a hidratação e lubrificação do globo ocular”, afirma a profissional, lembrando que as secreções oculares são parte do sistema de defesa do organismo contra infecções e que são produzidas naturalmente para limpeza dos olhos.

“Pets saudáveis possuem pouco acúmulo de secreções, as famosas “remelas”. Quando elas surgem, os animais não conseguem tirá-las sozinhos, sendo primordial a atuação do tutor nessa limpeza, de maneira delicada, utilizando uma gaze ou lenço umedecido com ativos próprios, pois os olhos deles são muito sensíveis ao atrito”, finaliza Andressa.

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