Nesta terça-feira, a Prefeitura de São Paulo suspendeu a vacinação da primeira dose contra COVID-19. Segundo o Estado, o Governo Federal atrasou a entrega

Para o médico sanitarista e professor de Saúde Pública do Centro Universitário São Camilo, Sergio Zanetta, o esgotamento de vacinas nos postos de Saúde era mais do que esperado, afinal não há vacinas em quantidade suficiente para imunizar a população. “Ainda temos estoque de 1 milhão de vacinas, segundo o Ministério da Saúde, que precisa ser distribuído aos municípios para darmos andamento ao processo de vacinação”.
Zanetta destaca que o planejamento e a gestão precisam estar alinhados principalmente entre os municípios e o estado de São Paulo: ”O estado de São Paulo não está focado na inteligência do processo, como nas quebras do planejamento que pode acontecer por diversas vezes. O foco deve ser o de não perder a oportunidade de vacinação.”
O sanitarista diz também que o São Paulo poderia ser um exemplo, pois possui municípios organizados para realizar esse processo para que não se tenha interrupções, como já está acontecendo em alguns postos de Saúde da capital.
“Essas pausas não poderiam ocorrer neste momento. Ainda temos vacinas para a imunização dos brasileiros. Não podemos fechar um cronograma de vacinação se não temos vacinas suficientes para imunizar todo mundo até setembro, por exemplo.”
O Brasil já ultrapassou a marca de 500 mil mortos pela COVID-19 e está com o número de casos leves e graves acima da média e o número de óbitos em crescimento “A terceira onda está aí e devemos nos manter em alerta. O Brasil está com o maior índice de transmissão da doença desde março. Estamos longe de nos tranquilizarmos quanto à pandemia”, finaliza o especialista.

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