Mitos e Verdades sobre o colágeno nos cuidados com a pele

Uma das substâncias mais populares e consumidas no mercado da beleza e também a proteína mais abundante no corpo humano, o colágeno, tem papel fundamental na saúde e na beleza: além de preservar a pele sem rugas, mantém a boa mobilidade de ossos, músculos e tendões. Porém, o consumo do colágeno ainda é uma grande interrogação para muitos brasileiros, já que existem inúmeras variantes disponíveis no mercado. É possível encontrar versões em pó, cápsula, cosméticos formulados com a proteína e também já existem procedimentos estéticos injetáveis que bioestimulam a produção de colágeno.

Para entender as eficácias e diferenças entre cada um deles e qual versão pode ser ideal para cada necessidade, a Dermatologista de São Paulo, Dra Jaciara Hunnicutt, speaker da empresa Sinclair Pharma, esclarece todos os mitos e verdades que giram em torno da substância queridinha quando o assunto é cuidados com a beleza, principalmente com a pele. Além disso, a médica explica como procedimentos estéticos injetáveis, que bioestimulam a produção de colágeno, podem ajudar na busca pela pele rejuvenescida e revigorada.

 

  • Tomar colágeno em pó ou em cápsula funciona?

Depende. Na verdade, essa é uma pergunta cuja resposta é um pouco complexa. Em primeiro lugar, precisamos esclarecer que colágeno é uma proteína, uma macromolécula, ou seja, uma molécula grande que não é absorvida na sua forma original, precisa ser quebrada, hidrolisada em pedacinhos menores para que a absorção no nosso intestino aconteça. Então, ingerir a molécula de colágeno propriamente tem pouca eficácia.

Já o colágeno hidrolisado e os peptídeos de colágeno, esses sim, são absorvidos quando ingeridos, mas apenas tomá-los não garante que seguirão o caminho direto para construção de um novo colágeno na pele. Para que isso aconteça, também é necessário que haja uma combinação do consumo adequado de determinados micronutrientes como vitamina  C, Cobre, selênio, zinco, ferro entre outros. Ou seja,  peptídeos de colágeno ou colágeno hidrolisado, em doses adequadas, dentro de um programa de tratamento e com recomendação médica, podem sim melhorar a textura, a flacidez, a hidratação e as rugas finas da pele.

 

  •        Existe diferença entre consumir colágeno em cápsula e em pó?

Sim. A questão é que o colágeno hidrolisado ou peptídeos de colágeno na versão em pó podem ser facilmente consumidos na dosagem média indicada, que é de 5 gramas diariamente, segundo estudos científicos. Já  em relação às cápsulas, a grande complexidade está na dosagem, pois para atingir a quantidade de consumo indicada, é preciso inúmeras cápsulas. Então, ao tomar 1, 2, 3 ou 4 suplementos por dia, a pessoa não vai conseguir atingir a dosagem mínima necessária para obter resultados.

  • É verdade que os cosméticos que são formulados com colágeno tem grande eficácia para estimular essa produção?

Não é verdade. Por ser uma macromolécula, ela não tem absorção necessária para a pele diluir a proteína, ou seja, qualquer creme tópico que contenha colágeno não vai entregar resultados.

 

  • Procedimento estético é eficaz para manter a produção de colágeno da pele?

Com certeza. Atualmente a medicina oferece diversos procedimentos bastante eficazes para o estímulo de produção de colágeno. Destaco, entre eles, a bioestimulação (tanto com bioestimulador injetável quanto com fio) e o ultrassom microfocado. Reforço que todos esses são procedimentos que devem ser realizados por um dermatologista ou cirurgião plástico.

  • Após a aplicação de bioestimulador, a pessoa precisa fazer manutenção de colágeno via oral?

Não, não é verdade. Mas associar a aplicação do bioestimulador com a suplementação de peptídeos de colágeno ou colágeno hidrolisado pode potencializar o efeito de ambas.

 

  • O corpo para de produzir colágeno após os 30 anos de idade?

Não. Nosso corpo produz colágeno por toda a vida, o problema é que nem sempre da mesma forma e na mesma quantidade. De forma resumida, o que acontece é que com o passar do tempo produzimos cada vez menos colágeno e o degradamos cada vez mais, gerando um déficit. E essa diminuição da produção começa cedo, já na casa dos 30 anos, às vezes antes. Além disso, com o envelhecimento, há um predomínio de um tipo de colágeno com fibras mais curtas e mais desalinhadas, mais desorganizadas, com menor capacidade de exercer suas funções. Por isso, hoje falamos tanto em “poupança de colágeno” e valorizamos o uso de bioestimuladores.

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