Por que os mosquitos picam humanos?

Existem cerca de 3,5 mil espécies de mosquitos no mundo, mas apenas algumas têm preferência pelo sangue humano e transmitem doenças infecciosas, como é o caso do Aedes aegypti. Por ser transmissor da dengue, febre amarela, Zika e Chikungunya, o mosquito causa milhões de casos de doenças e até óbitos todos os anos. Para entender os hábitos e as consequências desses insetos, os estudantes da Educação Infantil 5, em Cascavel (PR), foram para o laboratório e também utilizaram muita tecnologia para tirar dúvidas.

Por que os mosquitos picam? Com essa questão e muita curiosidade teve início o Projeto de Investigação, que resultou em protótipos impressos em 3D. A pergunta, apesar de parecer simples, desvenda um universo inteiro de possibilidades para aprender e investigar, nas mais diferentes áreas do conhecimento. Para entender mais sobre os mosquitos e o que os leva a picar humanos, diversas disciplinas e tecnologias diferentes levou os alunos a uma jornada de aprendizado muito divertida.

De acordo com a professora da turma, Ariane Carolina de Oliveira Jorge, o projeto de investigação tem como objetivo ampliar conhecimentos, estimular a curiosidade já presente na educação infantil e tornar as crianças protagonistas do processo de pesquisa. “Projetos de Investigação multidisciplinares estimulam a escuta atenta, a socialização, o respeito à opinião diversa, e estimulam as funções cognitivas, tão importantes nesta faixa etária, já que exigem que as crianças pensem e planejem suas ações dentro do projeto”, comenta.

Uma pergunta e muitos caminhos

Na área da Biologia, os pequenos do Colégio Marista Cascavel foram ao laboratório para conhecer os grupos de insetos, seus tipos e hábitos de alimentação. Depois, na área Maker, (um ambiente propício para a criatividade, com ferramentas e materiais para a aplicação do conhecimento na prática) puderam acompanhar a fabricação de um modelo didático em 3D de um exemplar de mosquito.

Com apoio da tecnologia, as crianças acompanharam as etapas de criação do protótipo do corpo do inseto no software, o processo de impressão tridimensional e o funcionamento da impressora 3D. “Os alunos puderam identificar as diversas partes do corpo do mosquito na figura, tirando várias dúvidas relacionadas tanto ao conceito biológico do inseto como também de todo o processo maker utilizado para a sua confecção”, explica o analista de Tecnologia Educacional do Colégio Marista Cascavel, Márcio Wecker. Como a matéria prima para a fabricação do filamento de impressão é extraída de compostos de fontes renováveis como milho ou mandioca, ele se torna um material reciclável por ser biodegradável, afirma Wecker.

E por fim, os alunos investigaram a morfologia do aparelho bucal do mosquito, seus hábitos de alimentação e de vida. De acordo com a professora da turma, Ariane Carolina de Oliveira Jorge, as crianças  possuem uma ligação especial com a natureza, estão sempre preocupados e atentos com todo e qualquer detalhe. “Em um momento de descontração, perceberam que uma mosca voava pela sala e produzia um barulho diferente. E então começaram a discutir se ela picava ou não, quando uma das crianças indagou: Todos os mosquitos picam? Então, começaram a levantar as hipóteses e todas as curiosidades, que depois fizeram parte do projeto”, comenta.

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