Praticar atividade física lesionado traz riscos à recuperação

Considerado o grande astro da equipe de basquete Los Angeles Clippers e um dos melhores jogadores da NBA, Khawi Leonard admitiu que vem jogando as últimas partidas com uma lesão e consequente dor no pé. Muitas vezes, a fase de um campeonato ou a importância de uma partida faz com que o atleta empurre o seu limite para ajudar a equipe, mas as consequências desta atitude podem ser muito graves, alerta o presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé), Dr. José Antônio Veiga Sanhudo.

“A dor de uma lesão sempre diminui o desemprenho (performance) do atleta e, desta forma, mesmo em campo ou em quadra, ele não vai estar rendendo na sua plenitude. Além disso, lesões parciais ou leves podem se tornar completas ou graves se o devido repouso não é respeitado”, explica.

O especialista ressalta que, algumas vezes, lesões que poderiam ser tratadas conservadoramente acabam necessitando cirurgia devido ao agravamento provocado pela manutenção da atividade física. Outro ponto importante, lembra o médico, é que a dor em uma articulação faz com que ela seja protegida voluntária ou involuntariamente, minimizando esforços para diminuir sintomas. “Este mecanismo defensivo pode provocar uma sobrecarga do membro contralateral ou de outras articulações do mesmo lado, aumentando a chance de desenvolver outras lesões, às vezes até mais graves”, salienta.

Desta forma, Dr. Sanhudo pontua que é muito importante entender que a dor é um sinal de alerta do corpo. “Todas as lesões se beneficiam do tratamento precoce e é muito importante entender que lesões que inicialmente se resolveriam com diminuição da atividade física ou repouso podem evoluir e necessitar um tratamento muito mais prolongado, eventualmente envolvendo uma cirurgia”, conclui.

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