Dia da Felicidade: Como potencializar a produção de endorfina
Sabe aquela maravilhosa sensação de bem-estar, alegria, bom humor e satisfação? Ela é causada pela endorfina, aquele hormônio maravilhoso que traz este e outros benefícios para o corpo humano. Fisiologista Débora Garcia explica como é possível potencializar a produção deste hormônio, o que é uma receita perfeita para superar momentos difíceis como este da pandemia.
Em tempos tão tristes como estes vividos pela pandemia, é necessário mudar o foco e encontrar alegrias em meio a um tempo tão difícil. No Dia Mundial da Felicidade, uma sugestão é mudar o foco e botar a endorfina para fazer sua parte no corpo.
Para quem não conhece, “a endorfina é um hormônio, produzido pela hipófise (anterior) no cérebro. O nome vem de endo (dentro) morfina (um analgésico natural)”, explica a fisiologista Débora Garcia. Além disso, ela possui diversos efeitos no metabolismo que ainda precisam ser mais estudados, “mas o que já sabemos é poder analgésico dela, traz sensação de bem estar, conforto, bom humor e alegria e ainda outros que são atribuídos a ela, mas pouco se fala que são: diminuir desconforto muscular, tem função na memória e aprendizado, no apetite, no ciclo menstrual entre outros”.
Porém, é preciso observar que há fatores que podem inibir sua produção. Debora Garcia explica que “foi observado em pesquisa científica que o excesso de exercício físico (o overtraining) pode afetar e diminuir a liberação da endorfina”.
Por outro lado, é importante lembrar que existem alguns hábitos que ajudam a liberar a produção deste hormônio da forma correta, destaca a fisiologista. São eles: “A atividade física executada da maneira correta. A meditação é uma grande aliada para quem deseja esta sensação de bem-estar, ao mesmo tempo em que dar risadas, sorrir e, por que não, dar boas gargalhadas também ajudam muito. Ah, e comer chocolate e ter relações sexuais também estão nessa lista”, orienta.
Vale lembrar que existem outros hormônios que agem na sensação de felicidade: Serotonina, Dopamina e Ocitocina. Débora Garcia destaca como eles funcionam: “Dopamina é um neurotransmissor que nos traz a sensação de prazer. E é pode ter grande relação com motivação, pela sua função no mecanismo de recompensa no cérebro. Por exemplo, quando colocamos uma meta e alcançamos (e pode ser a meta de fazer uma receita nova mais difícil ou conseguir cumprir todos os compromissos do dia ou conseguir juntar o dinheiro para casa nova)”.
Já a Serotonina “é um neurotransmissor do bem-estar e prazer, regulação do apetite, inibe a ira, a agressividade, tem relação com o humor e com o sono, está ligada a nossa felicidade. Tendo em vista a sua relação direta com transtornos como por exemplo a depressão que pode estar com o sistema serotoninérgico alterado”.
Uma curiosidade, reforça Débora, é que “apesar de não ser um hábito, quando estamos apaixonados liberamos mais endorfina também”, completa.