Mesmo com vacinação, medidas de higienização e sanitização devem permanecer nos estabelecimentos comerciais
O ano de 2021 começou com uma boa notícia: o mundo todo mobilizado em torno da vacinação contra a Covid-19. A primeira pessoa a ser vacinada no Brasil oficialmente foi no dia 17 de janeiro. Desde então, segundo dados do Our World in Data, mais de 2 milhões de brasileiros já foram vacinados até o final de janeiro.
A imunização em massa significa a possibilidade de, em breve, todo a população voltar as rotinas normais gradualmente. No entanto, é consenso, principalmente entre os profissionais de saúde, que as medidas sanitárias exigidas para prevenir o novo coronavírus devem permanecer, isso porque existem outros vírus e microrganismos que também podem causar danos a população.
Para o biomédico e especialista em análise clínicas, Luiz Henrique Moura, a biossegurança em todos os ambientes de aglomeração e compartilhamento de objetos deve ser mantida com o mesmo rigor do início da pandemia da Covid-19. “Mesmo que ainda não haja um estudo consolidado sobre o tempo de vida do vírus sobre os objetos e superfícies, muitas pesquisas evidenciam que o Sars-Cov-2 permanece por um tempo em locais como corrimão, carrinho de supermercado, embalagens, entre outros objetos que podem ser vetores de transmissão. Além do mais, o uso da máscara e distanciamento social são evidências científicas mais que consolidadas que previnem a contaminação. Por isso, mesmo que a vacinação traga a sensação de tranquilidade, ainda conviveremos por muitos anos com o novo coronavírus e suas variantes”, detalha.
A respeito da higienização de ambientes de grande circulação de pessoas, como supermercados, indústrias, grandes empresas, transporte coletivo, a oferta de produtos criados durante a pandemia que promovem a higienização e sanitização dos ambientes, com poder de inativação do novo coronavírus é muito grande.
“O que a população precisa se atentar é se estes produtos, como sprays, cremes, desinfetantes, umidificadores, tapetes e tecidos que promovem essa inativação do novo coronavírus em 99,99%, possuem a certificação da Anvisa e atestado de eficácia de algum laboratório competente, como os da Unicamp e da USP. Além disso, é de extrema importância que todas as orientações de uso sejam rigorosamente seguidas para evitar problemas à saúde”, recomenda o biomédico.
Restaurante adota produtos anti-Covid-19 para medidas sanitárias
Em Garça, Andrea Ogawa Yamamoto, proprietária de um restaurante de cozinha japonesa, se organizou com todas as seguranças sanitárias necessárias para a reabertura do estabelecimento neste período de pandemia.
“A cada dois dias, sabendo da sua ação prolongada, aplicamos o sanitizador por aspersão em toda a parte interna e externa do restaurante, sanitizando e desinfetando todo o nosso mobiliário e superfícies. Além disso, possuímos um tapete umidificado com o produto na entrada do estabelecimento, para que os clientes desinfetem a sola dos calçados”, diz Andrea.
Outra ação de prevenção implementada no estabelecimento foi a oferta de um creme de proteção contra o coronavírus que inativa o vírus por até 4 horas quando em contato com a pele.
“Os clientes que desejam manusear o cardápio físico ao invés do digital, além da sugestão de higienização das mãos com álcool em gel, oferecemos o creme de proteção e explicamos o seu poder de proteção em longo prazo, reforçando essa dobradinha bem-sucedida com o álcool em gel na luta contra o coronavírus”, detalha a empresária.
Indústria de Garça se mobiliza contra a Covid-19
O CEO de uma indústria de Garça, Norberto Luiz Afonso, conta que a sua empresa, que fabrica uma linha completa de combate à Covid-19, teve que reforçar os investimentos em tecnologia e pesquisa para oferecer à população produtos que promovem esta proteção.
“Nosso portfólio é voltado para os EPIs como cremes e limpeza industrial como, desengraxantes, desengordurantes, saponáceos líquidos e detergentes, todos com Anvisa e Certificado de Aprovação no Ministério do Trabalho e Emprego para uso na indústria e comércio. O que fizemos no início da pandemia foi rever as fórmulas de algum destes produtos, como um creme de proteção para o corpo e sanitizadores e desinfetantes de ambientes, para promoverem a inativação do novo coronavírus. Para tanto, procuramos o respaldo da Unicamp que emitiu laudo favorável à eficácia destes produtos contra a cepa do Sars-Cov-2, se juntando ao protocolo clássico de lavagem de mãos, uso de álcool em gel e máscara nesta luta contra este vírus”, descreve.
Norberto projeta para 2021 um crescimento na produção da linha anti-covid da sua indústria. “Acredito que as empresas e as pessoas continuarão com os protocolos de sanitização e higienização, até porque na medida que a vacinação avançar, a flexibilização da economia tende a aumentar e mais pessoas estarão em circulação na rua, o que irá exigir um reforço nestes cuidados, já que o vírus ainda estará entre nós por alguns anos”, acredita.