O intestino é o nosso segundo cérebro?

Na época da escola aprendemos que o intestino é um longo tubo – de 4 a 7 metros de comprimento – que participa da digestão dos alimentos, realizando a absorção dos nutrientes.

Mas o que muita gente não sabe, é que neste órgão existem mais de meio bilhão de neurônios! Sim, as mesmas células que também formam o cérebro.

Estes neurônios compõe o Sistema Nervoso Entérico, responsável por coordenar movimentos peristálticos e a liberação de enzimas digestivas, que auxiliam a expelir o bolo fecal. E tudo isso é orquestrado de forma independente de comando cerebral! Assim, nosso humor é diretamente influenciado, uma vez que cerca de 50% de toda a dopamina e de 80 a 90% da serotonina presentes no organismo são produzidas no intestino.

Estes neurotransmissores estão relacionados ao bem estar, ansiedade e felicidade. Então, alterações intestinais podem causar não só incômodos físicos, como também emocionais e até psicológicos.

Em inglês, a expressão “gut feeling” = “sentimento do intestino”, é utilizada para referir-se à intuição, de maneira geral. Nos alerta de possíveis ameaças, dá sinais da importância de determinados acontecimentos e transparece nossa preocupação em muitas situações. O nosso “segundo cérebro” pode sim identificar quando há uma ameaça e precisamos EVACUAR O PRÉDIO.

Estudos indicam que alterações da flora microbiana intestinal podem influenciar estados de humor e até transtornos psicológicos, como a depressão. O número de bactérias presentes na microbiota intestinal é 10 vezes maior que o número de células que constituem o corpo humano, contendo cerca de 100 trilhões de micro-organismos.

A flora intestinal está envolvida em diversos processos fisiológicos, inclusive a imunidade e homeostase do organismo.

Já diziam os chineses “a saúde começa pelo intestino”, o segundo cérebro. Bons hábitos e cuidados básicos podem trazer impactos significantes: uma dieta balanceada, prática de atividade física, evitar consumo de álcool, cafeína, alimentos apimentados, processados ou ultraprocessados e um sono de qualidade, podem equilibrar o funcionamento intestinal.

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