Saúde mental: qual o papel da suplementação?
No Brasil, a saúde mental exige constante atenção, afinal, 30% da população sofre com o estresse diariamente. Pesquisas da OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmam que 2 milhões de brasileiros são portadores do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e revelam que 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão, valor acima da média mundial (4,8%). Além da depressão, outro quadro emocional que compromete a qualidade de vida de cerca de 10% dos brasileiros é a ansiedade.
Somado a isso, um estudo conduzido por Pfefferbaum e North (2020) comprovou que a pandemia no novo coronavírus foi um agravante para várias pessoas que já lutavam contra esses distúrbios. E para algumas pessoas, a adaptação à rotina de isolamento social e o medo da doença foi gatilho para o desenvolvimento de psicopatologias.
Saúde mental e física: um ciclo de interdependência
Os transtornos mentais estão associados a alterações fisiológicas e metabólicas. O estresse, por exemplo, pode gerar reações como a redução do número e da formação de neurônios, diminuição da memória e da cognição, redução da imunidade, aumento da pressão arterial, alterações da microbiota intestinal, modificação da absorção de nutrientes, entre outros, como explica a nutricionista e consultora da Naiak Karla Maciel.
Ela explica: “Os impactos da saúde mental não excluem a saúde física: na verdade, as duas são interdependentes e igualmente importantes na busca por qualidade de vida. Por isso, pensar em estratégias que auxiliem na modulação dessas desordens e dos sintomas gerados por elas é fundamental”.
Como a alimentação e a saúde mental se relacionam?
Que a prática frequente de atividades físicas, cessação do tabagismo, redução do consumo do álcool e uma alimentação saudável e equilibrada são importantes aliados da saúde física, todo mundo já sabe. No entanto, esses fatores também contribuem imensamente na busca do equilíbrio emocional. “ Esses hábitos auxiliam na modificação positiva das emoções, inclusive nas desordens mentais, proporcionando melhora dos seus sintomas e, inclusive, reduzindo a morbidade e mortalidade”, explica Karla.
A nutrição por si só já desenvolve um papel fundamental na qualidade de vida. Quando combinada com uma suplementação de qualidade, a alimentação equillibrada promove a saúde cerebral e função neurocognitiva a partir da ação na fisiologia do sistema nervoso central. Ela é capaz de modular a inflamação e o estresse oxidativo, além de fornecer substâncias como a seratonina e GABA, que são responsáveis pela comunicação entre os neurônios, ou células nervosas, e as outras células do corpo, além de apresentarem efeito na redução do cortisol, o ‘hormônio do estresse’.
Magnésio: um regulador de emoções
Uma substância crucial para a estabilidade do organismo é o magnésio. Esse elemento é responsável por mais de 300 reações enzimáticas, mas seu consumo foi reduzido pelo padrão de produção de alimentos utilizado atualmente. Por vezes, é necessário complementar a falta desse nutriente com a suplementação. Karla explica que “A deficiência de magnésio impacta no sistema nervoso central, propiciando diversas alterações mentais, como depressão, agitação e ansiedade”.
Taurina: a fonte da concentração
A taurina é o segundo aminoácido mais abundante no sistema nervoso, e é precursora de GABA, um neurotransmissor que age em sintonia com a serotonina, na redução da ansiedade. Além disso, ela é fundamental no suporte cognitivo, atuando na melhora do foco e da concentração, em todas as fases da vida, o que é benéfico em indivíduos em situações de estresse e ansiedade e podem ser um coadjuvante no tratamento de portadores de TDAH, já que essas patologias causam uma deficiência na concentração e no foco.