Qual sua atitude quando a vida dá uma chacoalhada em você?

“Você está segurando uma xícara de café quando alguém chega e balança seu braço, fazendo com que o derrame por todo lado. Por que você derramou o café?

“Bem, porque alguém encostou em mim, é claro!”

Resposta errada.

Você derramou o café porque ele estava na xícara. Se dentro houvesse chá, você teria derramado chá. O que quer que esteja dentro da xícara é o que será derramado.

Portanto, quando a vida chega e balança você (algo que com certeza irá acontecer), seja o que for que esteja dentro de você irá sair. É fácil fingir até que você seja chacoalhado.

Quando a vida fica desafiadora, o que derrama?

Então temos de perguntar a nós mesmos… o que há dentro da minha xícara? Quando a vida fica difícil, o que derrama?

Alegria, gratidão, paz e humildade? Ou fúria, amargura, palavras e ações duras?

Você escolhe!

Hoje vamos nos esforçar para encher nossas xícaras com gratidão, perdão, alegria, palavras de afirmação para nós e aos outros, bondade, gentileza e amor…”

O trecho que você acaba de ler é baseado na Sabedoria dos Rabinos. E nos diz muito sobre como lidamos quando as situações consideradas negativas ocorrem conosco. Temos duas possibilidades: agir com raiva, negativismo ou escolher o caminho da paz.

Atitudes diante das adversidades

Diante de situações que te desafiam, o que você possui dentro de você para superar as adversidades? Vou dar um exemplo meu que pode servir para alguém. O eletricista estava fazendo uma reforma no meu apartamento e deixava estacionada a moto na vaga da garagem.

Toda vez que eu ia acompanhar o andamento do trabalho, deixava o carro em frente à sua moto e pensava: “que medo de bater nessa moto”. Isso porque historicamente eu fiquei com certo trauma de rampa e ao estacionar e nesse caso havia uma rampa suave para me afastar da moto.

Pois bem. No último dia da obra, ao deixar a garagem, eu ainda lembro de ter feito essa imagem mental: “Ufa, último dia que deixo a moto”. Porém, no lugar da ré que eu imaginava que tinha dado, acelerei com tudo e a moto rolou alguns metros para frente. Fora o prejuízo financeiro, o que eu tinha na minha xícara naquele momento?

Claro que o corpo reage na hora e minhas mãos ficaram trêmulas. Mas eu encarei a situação de forma mais calma, chamei o eletricista, pedi desculpas e arquei com o prejuízo do bagageiro que estragou.

Que lições você tira das situações desfavoráveis?

Mas, acima de tudo, o que eu tirei de lição dessa experiência? O que eu tinha na minha xícara interior? E é esse o raciocínio que devemos ter diante das situações que a princípio parecem desfavoráveis.

Naquele momento eu me pus a raciocinar sobre as lições. A primeira delas é que eu não estava totalmente no momento presente como defende Eckart Tolle no seu livro “O Poder do Agora”. E, quando não estamos no agora, ficamos em estado de piloto automático, correndo riscos de menores consequências até prejuízos maiores.

E então me lembrei que esse episódio foi um alerta para eu estar mais consciente no trânsito, onde, por vezes, eu sei que fazia errado mas mandava áudio no whatsapp para adiantar o trabalho enquanto dirigia.

Se acontecesse algo mais sério ou eu morresse em um eventual acidente, de que adiantaria ter apressado o trabalho enquanto eu dirigia?

Adversidades são geradas a partir da nossa consciência. Eu pensei tanto no medo de bater na moto que acabou acontecendo o quê? Justamente aquilo que eu emitia ao Universo.

Lembre-se que o Universo faz a leitura do que emitimos a ele. No livro “Energia ao Quadrado”, de Pam Grout, ela afirma: “Treinar a mente é como ensinar um cachorrinho a fazer xixi e cocô nos lugares certos. Você tem que levá-lo lá para fora de novo e de novo, e ficar mostrando a beleza, a grandeza e a verdade de tudo o que existe”.

Logo, todo pensamento que temos, todas as nossas opiniões e convicções, têm um impacto no Campo de Potencialidades. Na verdade, a realidade não é nada mais nada menos do que ondas de possibilidade que nós “observamos” até que ganhem forma.

Esse princípio estabelece o seguinte: “você produz um impacto no Campo de Potencialidades e atrai qualquer coisa dele, de acordo com as suas crenças e expectativas”.

No minuto que você faz uma intenção, você cria essa intenção. É instantâneo. Passa a existir como algo real.

Veja só o que a física nos diz. As coisas, no mundo quântico, não acontecem em passos. Elas acontecem imediatamente

Se você não está realmente aqui, a sua mente não está disponível para fazer o que você está pedindo que ela faça.

É imperativo praticar conscientemente, manter a consciência a cada momento. Do contrário, se o mundo consciente não age, o seu inconsciente toma conta. Não é o que queremos, certo?

Logo, cultive bons pensamentos quando sua xícara transbordar. E tire boas lições das adversidades. Elas estão aí por algum motivo e não são aleatórios.

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