Nutrólogo aponta seis hormônios que podem dificultar o emagrecimento
A perda de peso não depende exclusivamente de dietas e exercícios físicos. Para emagrecer de forma saudável, os níveis hormonais também precisam estar regulados.
Encarregadas de comandar boa parte dos processos metabólicos, essas substâncias agem como mensageiros do corpo, controlando aspectos como saciedade e apetite.
O nutrólogo e especialista em emagrecimento, Dr. Sandro Ferraz, explica que os hormônios são os responsáveis por manter a harmonia do corpo. “Eles funcionam como uma sinfonia onde todos tem uma função importante, se um desafina, o conjunto da obra é prejudicado”, elucida.
Quando assunto é perda de peso, os hormônios desregulados podem ser os responsáveis por dificultar a queima de calorias e aumentar a pré-disposição ao armazenamento de gordura. “Os hormônios ditam a velocidade do metabolismo, intimamente ligado à perda de peso. Apesar disso, nem sempre a reposição hormonal é indicada. Em alguns casos, a simples mudança na alimentação pode equilibrar os níveis dessas substâncias”, aponta.
Insulina
Fabricada no pâncreas, a Insulina tem a função de controlar os níveis de glicose na corrente sanguínea. A desregulação dessa substância no organismo acontece, principalmente, por fatores como má alimentação e estresse. “A disfunção da insulina provoca não apenas a predisposição ao diabetes, mas o aumento nos estoques de gordura, em especial na região do abdômen, fazendo com que a pessoa tenha mais facilidade em engordar”, aponta o nutrólogo.
Cortisol
A função dessa substância hormonal é manter os níveis de açúcar no sangue constantes, estimular os batimentos cardíacos e controlar os níveis de estresse do organismo. Geralmente, o Cortisol é liberado quando o corpo reconhece uma situação de perigo. “Quando os níveis desse hormônio estão maiores que o normal, a pessoa tende a ter mais apelo por doces e carboidratos, pois o corpo entende que precisa de uma fonte de energia rápida”, explica Dr. Sandro Ferraz.
Leptina
Responsável pelo controle de apetite e saciedade, a Leptina é o que comunica o corpo se ele está satisfeito ou não. Quando desregulado, o hormônio pode aumentar a vontade de comer, o que dificulta o emagrecimento. De acordo com o nutrólogo, a deficiência nesse hormônio pode ser um fator desencadeante para a obesidade e diabetes, já que participa ativamente do balanço energético.
GH
Conhecido como hormônio do crescimento, o GH também desempenha funções na vida adulta como queima de gordura e manutenção de massa magra. É durante a noite que esse hormônio atinge o pico e transforma gordura em energia, por isso, boas noites de sono são fundamentais para que ele desempenhe seu trabalho. “A quantidade desse hormônio vai diminuindo naturalmente conforme a pessoa envelhece, porém, hábitos nocivos como má qualidade de sono, tabagismo e sedentarismo podem acelerar esse processo”, aponta o especialista em emagrecimento.
T3 e T4
Produzidos na tireoide, esses hormônios atuam como reguladores do organismo, intermediando desde batimentos cardíacos a temperatura corporal. Segundo o nutrólogo Sandro Ferraz, quando desreguladas, essas substâncias tornam o metabolismo mais lento, o que diminui o gasto calórico e contribui para o aumento de peso. “O descontrole, geralmente, se dá por predisposição genética ou doenças, por isso o acompanhamento médico é fundamental para o controle efetivo”, alerta.
Testosterona
Embora os homens produzam mais testosterona, o hormônio também é vital para as mulheres, que possuem um décimo da quantidade presente nos homens. Quando em baixos níveis, pode levar ao ganho de peso. “Além de ajudar na queima da gordura, a testosterona é encarregada pela densidade óssea e aumento da massa muscular, sendo fundamental para ganho de força e perda de peso”, aponta.