Obesidade e cirurgia bariátrica ainda são temas que geram dúvidas

O Brasil ocupa a segunda colocação em número de cirurgias bariátricas, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Esse cenário, consequência do aumento dos índices de obesidade entre a população, preocupa especialistas.
“Avançamos muito nas técnicas. Mas é preciso ressaltar que a cirurgia bariátrica é parte de um tratamento que demanda uma equipe multidisciplinar nas suas fases iniciais e exige um grande controle para toda a vida do paciente”, afirma o Dr.  Tiago Szego, coordenador do Centro de Tratamento da Obesidade no Hospital Leforte.
Buscando desmitificar não só o conceito de obesidade, mas também quando a cirurgia é indicada, a instituição promove todos os meses um encontro voltado para pacientes, ex-pacientes, familiares, ou interessados em obter mais informações. “Ainda existem muitos dados desencontrados. Nessas reuniões que fazemos há mais 4 anos conseguimos sanar muitas dúvidas”, explica Szego.
De acordo com o médico, o procedimento só pode ser feito em pacientes com índice de massa corpórea (IMC) acima de 40 ou em casos em que esse indicador seja de 35 a 39,9,   com alguma doença associada (comorbidade) como diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial, alteração no colesterol e triglicerídeos, entre outras. Estes pacientes também precisam ter uma obesidade estável há pelo menos 5 anos e terem sido submetidos a pelo menos 2 anos de tratamento clínico, sem sucesso.
Índice de obesidade cresce a cada ano
Pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) revelou que, em 2017, foram realizadas 105.642 mil cirurgias bariátricas no país, 5,6% a mais do que no ano anterior. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por sua vez, projeta que, até 2025, 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso e mais de 700 milhões sofram com a obesidade. No Brasil, segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), alguns levantamentos apontam que mais de 50% da população já esteja acima do peso, com quadros de sobrepeso e obesidade.
Para reagir a este cenário, recentemente o Ministério da Saúde assumiu, durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, o compromisso de deter o crescimento da doença na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional.  “O peso não vem de uma semana para outra. Estamos falando de uma doença silenciosa, que requer atenção em todos os seus estágios”, reforça o especialista.
Cálculo da obesidade
Para uma pessoa saber se está com sobrepeso ou é obesa, o método mais usado é o índice de massa corpórea (IMC), que é calculado pela fórmula: peso (em quilos) dividido pela altura (em metro) ao quadrado.  Se o resultado ficar entre 18,5 e 24,9, o peso está normal.
O diagnóstico é feito com base na tabela baixo:
Classificação
Índice de Massa Corpórea (IMC)
Baixo peso (magra)
<18,5
Normal
18,5 – 24,9
Sobrepeso
25,0 – 29,9
Obesidade Grau 1 Leve
30,0 – 34,9
Obesidade Grau 2 Moderada
35,0 – 39,9
Obesidade Grau 3  Severa
> 40,0
Serviço
Evento – Encontro do Centro de Tratamento da Obesidade do Hospital Leforte
Data – 25/10/2018 (Toda última quinta-feira do mês)
Informações e inscrições: cigo@institutocigo.com.br ou  (11) 97586-2576 (Whatsapp)

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