Afinar o rosto: entenda o procedimento mais procurado para harmonização facial
Um procedimento cirúrgico de nome incomum, mas que logo estava literalmente na boca de famosos e anônimos. É a bichectomia, que consiste na remoção das bolsas de gordura – denominadas bolsas de Bichat e localizadas próximas às bochechas – através de uma incisão interna na região bucal. O resultado, um rosto mais afinado e menos arredondado, já caiu no gosto da Madonna, da Kim Kardashian, da Angelina Jolie e de muita gente por aqui. Segundo dados recentes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, são realizadas cerca de 40 cirurgias desse tipo por mês em todo o país, ou seja, mais de uma por dia.
“Essas bolsas foram identificadas pelo anatomista e fisiologista francês François Xavier Bichat, daí o nome do procedimento, que já é descrito há décadas, mas nos últimos anos houve uma demanda maior à medida que cresceram também as técnicas de harmonização e de mudanças no formato do rosto”, explica o cirurgião plástico Leandro Faustino. “É um procedimento de pequena a média complexidade, relativamente rápido e feito em clínica com anestesia local, sendo muito procurado por dar bons resultados para quem deseja afinar o rosto”, aponta o especialista, responsável pelos belos e mais refinados perfis de muitos famosos, como o do cantor Wesley Safadão. “É um recurso estético seguro e eficaz, indicado tanto para as mulheres como para os homens”.
O cirurgião ressalta que, embora sejam raras, as complicações podem acontecer, como é natural em qualquer procedimento invasivo, mas o profissional que conduz a bichectomia precisa estar preparado para corrigir qualquer efeito adverso na hora e não permitir que se torne definitivo. “Muitas vezes, recebemos pacientes para tratar as consequências geradas por operações que não foram executadas por cirurgiões plásticos, como hematomas e acúmulo de líquidos nos casos mais leves ou até mesmo lesões dos nervos faciais nos mais graves”, alerta Faustino. “Trata-se de um procedimento estético no rosto, irreversível e com muitas áreas delicadas, por isso o melhor profissional para isso é o cirurgião plástico mesmo, com experiência neste procedimento, e que tenha ainda uma boa estrutura de clínica ou hospitalar para oferecer toda a segurança necessária” avalia. “O paciente deve acessar o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e verificar ali se há registro do cirurgião e suas qualificações”.
Faustino aponta que há apenas algumas contraindicações. “Não recomendamos para pessoas que não estejam saudáveis ou tenham doenças não controladas como hipertensão e diabetes, ou alguma enfermidade na boca que não esteja sob controle”, detalha o cirurgião. “Uma contraindicação relativa são pessoas acima do peso que tenham o rosto arredondado não por conta das bolas de Bichat, mas por acúmulo difuso de gordura, e que podem não ter então o resultado esperado”, diz. “As variações de peso sempre influenciam, não só na bichectomia, mas em qualquer cirurgia, então se a pessoa emagrece ela vai ficar com o rosto mais fino ainda, se ela ganha peso, o rosto volta sim a engordar, mas não na região onde foi feito o procedimento”.
De acordo com o especialista, o pós-operatório costuma ser tranquilo, com repouso total recomendado por um ou dois dias. “Pode ser que inche um pouco a região do rosto, então são indicadas compressas frias e, por três dias, o consumo de comidas geladas, semelhante a uma cirurgia de amígdalas, além de pelo menos uma semana sem praticar atividade física”, completa Faustino.