Setembro Amarelo: Depressão X Alimentação
Mulheres cuja dieta inclui mais alimentos inflamatórios, como bebidas açucaradas, refrigerantes, grãos refinados, carne vermelha e margarina, além de pobres em alimentos anti-inflamatórios, como vinho, café, azeite de oliva e verduras e vegetais verdes e amarelos têm um risco maior de sofrer com depressão. É o que afirma um estudo realizado por pesquisadores da Harvard School of Public Health (EUA).
Os cientistas descobriram que as mulheres que bebiam regularmente refrigerantes, comiam carne vermelha ou grãos refinados – além de consumirem raramente vinho, café, azeite e legumes – eram de 29% a 41% mais propensas de ser deprimidas do que aquelas que fizeram uma dieta menos inflamatória. Pesquisas anteriores sugeriram uma ligação entre a inflamação e a depressão, mas a associação entre o padrão alimentar inflamatório e depressão era desconhecida. Estudos têm relacionado inflamação excessiva a doenças cardíacas, AVC, diabetes, câncer e outras condições.
O consumo exagerado de gorduras trans está diretamente relacionado a um maior risco de depressão, “Isso acontece porque o excesso de gorduras trans e saturadas em nosso organismo aumentam a produção de citocinas, moléculas pró-inflamatórias que causam o mau funcionamento dos neurônios”, afirma a Dra. Luanna Caramalac.
Já os refrigerantes são ricos em substâncias que podem interferir nas atividades do nosso organismo de forma negativa. “As pessoas que tomam refrigerante com frequência acabam favorecendo o aparecimento de doenças como depressão,” alerta a nutricionista
Outro fator para se preocupar é a insatisfação com o corpo que pode levar tanto à depressão em relação aos transtornos alimentares. “Ou seja, ter uma alimentação desregrada, compulsiva e rica em gorduras ou insuficientes em nutrientes, irá favorecer esse quadro depressivo podendo desencadear uma anorexia ou bulimia, principalmente em jovens e adolescentes”, informa Caramalac.
Por fim, a ingestão frequente de fast food pode afetar negativamente a saúde mental de um indivíduo. Sendo assim, ter padrão alimentar baseado em carnes processadas e aditivos alimentares (corantes, conservantes etc.) dobra o risco de depressão na meia idade. “É importante ressaltar que as gorduras presentes nesses alimentos em excesso cultivam outros hábitos que favorecem a depressão, como sedentarismo, tabagismo e baixo consumo de frutas e legumes”, finaliza a nutricionista Luanna Caramalac.