Vendas de cosméticos e perfumaria em farmácias crescem mais de 50% em 2020
Certamente você já deve ter ido à farmácia para comprar algum produto de perfumaria ou cosmético, não é? A opção pela farmácia e não outro estabelecimento comercial pode ser por vários motivos, como facilidade em encontrar o item, desconto imperdível do tipo “Leve 3, pague 2”, bom atendimento… Em geral, a opção dos consumidores em comprar itens de cosméticos e perfumarias, que pode ser entendido como tudo o que não é medicamento vendido nas farmácias, resultou em crescimento do setor nos estabelecimentos do Brasil. É o que aponta levantamento realizado pela startup do ramo farmacêutico, MyPharma, localizada em Toledo, região oeste do Paraná.
“A classe de perfumarias e cosméticos possui característica sazonal, ou seja, varia de acordo com a época do ano. Com a pandemia, cresceu ainda mais a procura por produtos de necessidade básica, como sabonetes, devido a necessidade de redobrar os cuidados com a higiene pessoal”, afirma o diretor de marketing da MyPharma, Carlos Henrique Soccol.
Neste ano, foi registrado crescimento de 51% nas vendas de cosméticos e perfumaria nas farmácias, em relação ao ano passado, sobretudo nas vendas online, intensificadas com a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) em todo o país. Além da procura natural por parte dos consumidores, os lojistas apostam também em estratégias diferentes para chamar a atenção das pessoas. Expor os produtos de maneira visível em cestos ou oferecer um mix de produtos da linha cosméticos e perfumaria interessantes, podem ser boas táticas para fisgar o consumidor.
“Podemos dizer que o mix de produtos é a porta de entrada das vendas, pois com um bom catálogo de produtos você atrai não só as necessidades dos clientes, mas também seus desejos de consumos. Além disso, é importante investir em canais de atendimento e vendas como loja virtual, WhatsApp e redes sociais, dando diferentes opções para os clientes”, sugere o diretor de marketing da startup.
Quem está fazendo a lição de casa é o Fernando Pessoa. Ele é proprietário da Farma Gama, que fica na cidade satélite de Gama, em Brasília. Na sua farmácia, ele procura manter os itens de cosméticos e perfumaria visíveis tanto em vitrines quanto em cestos, mais próximos da porta de entrada.
“Além da maior exposição desses itens, eu também instalei um sistema de iluminação diferenciado do restante da loja para chamar a atenção dos clientes. Procuro empregar novas técnicas de apresentação dessas mercadorias, atendendo a cada seção e indicação da farmácia”, comenta Fernando.
Antenado com a necessidade atual do mercado, o empresário também investe em marketing digital para atingir os consumidores nos meios online, que ficaram mais evidenciados com a pandemia do novo coronavírus.
“Tenho apostado em conteúdo de divulgação pelas redes sociais da farmácia e em influenciadores digitais dos produtos que estão em alta no mercado. Esta é a hora de investir em marketing digital, manter investimento no delivery, que permanecerá alto mesmo depois da pandemia, e continuar prestando um bom atendimento aos clientes”, complementa Fernando.
Como adequar os espaços
Para o diretor de marketing da MyPharma, Carlos Henrique Soccol, Fernando está no caminho certo e outros proprietários de farmácia também podem lançar mão de mais estratégias.
“O primeiro passo é montar a vitrine da loja, conforme as demandas da época do ano. O comerciante deve dispor itens de maior chance de interesse e procura no momento, praticando descontos inteligentes para essas mercadorias. Já nos canais online do estabelecimento, é importante trabalhar em sintonia, com destaque dos mesmos produtos, seja em postagens em redes sociais, home page do site ou outros ambientes virtuais”, sugere Carlos.