Inclusão de pessoas surdas no trabalho: entre leis e desafios ainda por vencer

Dia Mundial da Língua de Sinais destaca a urgência de avançar na acessibilidade e na contratação de surdos no Brasil

No dia 23 de setembro, celebramos o Dia Mundial da Língua de Sinais, uma data que reforça a importância da comunicação acessível para pessoas surdas. No entanto, apesar dos avanços legais, a inclusão dessa população no mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta grandes obstáculos. Dados da assessoria de imprensa revelam que, embora mais de 10 milhões de brasileiros tenham algum grau de deficiência auditiva, apenas 37% estão empregados, segundo o Instituto Locomotiva.

Desde a implementação da Lei de Cotas em 1991, que obriga empresas a contratar pessoas com deficiência, a realidade da inclusão de surdos permanece distante do ideal. Um dos principais desafios é a barreira de comunicação: estima-se que pouco mais de 1 milhão de brasileiros sejam fluentes em Libras (Língua Brasileira de Sinais), número insuficiente para garantir acessibilidade plena no ambiente corporativo.

Essa limitação impacta diretamente a contratação e a integração desses profissionais. Departamentos de Recursos Humanos enfrentam dificuldades para preencher vagas destinadas a pessoas com deficiência auditiva, seja pela baixa fluência em Libras entre os colaboradores, seja pela resistência das empresas em adaptar seus processos e ambientes. Muitas vezes, a inclusão é tratada apenas como uma formalidade legal, e não como uma estratégia genuína de diversidade e valorização de talentos.

Marcello Amaro, CHRO da Portão 3 (P3), destaca que “a contratação de pessoas com deficiência auditiva vai além de uma obrigação legal: trata-se de criar condições adequadas para que essa inclusão aconteça de forma efetiva e harmoniosa no ambiente de trabalho.” Para que isso ocorra, é fundamental investir em treinamentos para colaboradores ouvintes, promover uma cultura de diversidade e implementar mecanismos de acessibilidade, como intérpretes de Libras, softwares de transcrição automática e legendas em tempo real.

Além do impacto social, a inclusão traz benefícios econômicos. Empresas diversas são mais inovadoras, engajam melhor suas equipes e se conectam com públicos variados. Excluir pessoas surdas do mercado de trabalho significa não apenas manter desigualdades, mas também perder competitividade e inovação.

Garantir a contratação e o desenvolvimento pleno de pessoas surdas é, portanto, uma ação que ultrapassa o cumprimento da lei. É uma oportunidade de transformar o ambiente corporativo, promovendo a diversidade como motor de crescimento para indivíduos, organizações e para a sociedade como um todo. A verdadeira inclusão exige compromisso, investimento e a superação das barreiras que ainda persistem.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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