Tempos pandêmicos
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o número de casos de ansiedade e estresse cresceram em 80% durante a quarentena causada pelo novo coronavírus. Tais dados aclaram as informações registradas pela plataforma Sunas, de apoio emocional na internet.
A rede social, que possibilita que os usuários compartilhem problemas, sentimentos e experiências por meio de um espaço seguro e anônimo, registrou que nos últimos dois meses, as categorias com mais engajamento foram Quarentena e Ansiedade, com 12% e 10% dos acessos e interações, respectivamente.
Outro assunto muito comentado entre os usuários do Sunas foi Relacionamento, que incluiu as categorias namoro, família, amizades e término de relacionamento. Ao todo, as categorias somaram 21% das interações e ficaram na frente de Inseguranças e Trabalho.
O levantamento recente feito pela plataforma possibilita concluir que lidar com os tópicos Quarentena, Ansiedade e Relacionamento nos últimos meses tem sido um problema para mais de 40% dos usuários nesta pandemia.
“Acompanhando de perto tudo que é postado, consigo perceber que as pessoas costumam guardar para si muitas questões, e isso acaba abrindo espaço para que pensamentos negativos apareçam, pois tendemos, inconscientemente, a esperar o pior das situações”, comenta a fundadora do Sunas, Sarah Pires.
Percebendo a necessidade que os usuários tinham de se expressar melhor e conversar com profissionais, a fundadora do Sunas criou uma nova função para a rede social, os grupos de partilha. Conduzidos por psicólogos, via plataforma de audioconferência instalada dentro do site, os grupos são realizados gratuitamente todos os dias para todos os membros da comunidade e abordam diversos assuntos como racismo, relacionamentos abusivos, conflitos do cotidiano, relação com o trabalho home office, entre outros.
O intuito dos grupos é aproximar os membros do Sunas dos psicólogos, proporcionando um espaço seguro e anônimo para que possam se expressar, ouvir outros membros e receber auxílio dos psicólogos, que participam como mediadores voluntários.
Sarah destaca que tudo o que é publicado no Sunas, desde as postagens anônimas até as postagens de profissionais da saúde, passam por uma curadoria para ser aprovado: “Os critérios levados em consideração são: não ser ofensivo, agressivo ou preconceituoso, preservar o anonimato, ter um teor positivo e empático. Com relação aos conteúdos profissionais, é levado em consideração se o material traz um conteúdo relevante e que de fato visa ajudar”.
Para Sarah, que teve a ideia de criar o Sunas ao vivenciar situações em que se beneficiou ao perceber que outras pessoas viviam o mesmo que ela, compartilhar os problemas e experiências traz benefícios relacionados com a identificação entre as pessoas e o alívio de colocar para fora sentimentos e os conflitos.
É importante chamar a atenção para o fato de que a plataforma não é de uso exclusivo de pessoas que buscam por apoio. Quem tem vontade de ajudar o próximo, também pode participar da comunidade do Sunas. Atualmente a rede social conta com mais de uma centena de profissionais da saúde como psicólogos e terapeutas.
Para fazer parte dessa comunidade, acesse: https://www.sunas.com.br e faça seu cadastro gratuito.