Depois do “Dr. Google”, “Dr. IA” preocupa profissionais de saúde com automedicação

Uso indiscriminado de inteligência artificial para orientações médicas pode causar riscos graves à saúde

O avanço da inteligência artificial (IA) tem revolucionado diversos setores, inclusive a saúde. Contudo, o uso dessas ferramentas por consumidores sem orientação profissional tem gerado preocupação entre médicos e farmacêuticos. Depois do “Dr. Google”, agora é o “Dr. IA” que acende o sinal de alerta para os riscos da automedicação e das interações medicamentosas perigosas.

Dados da assessoria de imprensa do Grupo AMR Saúde destacam que, embora a IA ofereça benefícios importantes para diagnósticos e pesquisas, o uso direto por pacientes pode levar a decisões equivocadas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que a adoção indiscriminada de sistemas automatizados, sem supervisão técnica, pode resultar em diagnósticos errados e comprometer a segurança do paciente.

Um estudo do Cetic.br, realizado em 2024, aponta limitações da IA na área médica, como a baixa capacidade de interpretar contextos clínicos complexos, riscos de vieses nos algoritmos e falta de transparência nas decisões automatizadas. Sem validação profissional, essas ferramentas podem colocar a saúde em risco.

A farmacêutica Aline Alcântara, do Grupo AMR Saúde, alerta para o aumento do uso de respostas de IA para combinar medicamentos de uso contínuo com suplementos e fitoterápicos, prática que pode causar interações medicamentosas graves. “Isso pode levar a falhas terapêuticas ou até exacerbação dos efeitos da terapia prescrita”, explica.

A preocupação não se limita a remédios controlados. Produtos OTC (over-the-counter), como analgésicos, antialérgicos, antiácidos e vitaminas, também são frequentemente combinados de forma inadequada. Aline destaca que muitos pacientes não consideram interações fármaco-doença, fármaco-planta, fármaco-alimento ou fármaco-fármaco, comprometendo a eficácia do tratamento.

Por isso, o uso da IA deve ser sempre acompanhado por um profissional habilitado. “A IA pode ajudar a esclarecer dúvidas iniciais, mas não conhece o histórico do paciente, não tem acesso a exames recentes e não avalia interações entre substâncias”, reforça Aline.

Confira 10 exemplos comuns de interações medicamentosas perigosas apontadas pela farmacêutica:
– Paracetamol + álcool: aumento do risco de danos ao fígado
– Ibuprofeno + aspirina: complicações estomacais
– Antibiótico (ciprofloxacino) + cálcio: redução da eficácia do antibiótico
– Antidepressivos (ISRS) + tramadol: risco de síndrome serotoninérgica
– Anticoncepcional + erva-de-são-joão: redução da eficácia contraceptiva
– Anticoagulantes (varfarina) + vitamina K: anulação do efeito anticoagulante
– Antiácidos + itraconazol: redução da absorção do antifúngico
– Losartana + suplementos de potássio: risco de hipercalemia
– Antibióticos + pílulas anticoncepcionais: possível redução da eficácia contraceptiva
– Fexofenadina + suco de laranja: redução da eficácia do antialérgico

A recomendação é clara: consulte sempre um médico ou farmacêutico antes de iniciar ou combinar qualquer medicamento, suplemento ou fitoterápico. A inteligência artificial deve ser vista como uma ferramenta de apoio, e não como substituta da avaliação técnica profissional. Cuidar da saúde com responsabilidade é fundamental para evitar complicações e garantir tratamentos eficazes.

E você, já consultou um profissional antes de usar algum medicamento indicado pela IA? Compartilhe sua experiência!

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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