Queda na vacinação preocupa OMS e ameaça avanços históricos da saúde no Brasil e no mundo

Programas de imunização salvaram milhões de vidas, mas hesitação vacinal coloca conquistas em risco

Os programas de vacinação representam uma das maiores conquistas da saúde pública mundial, revolucionando o combate a doenças evitáveis. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado na década de 1970, foi fundamental para reduzir drasticamente a mortalidade infantil e aumentar a expectativa de vida da população. Dados da assessoria de imprensa destacam que, entre 1940 e 1950, a taxa de mortalidade infantil era de 171 óbitos a cada mil nascidos vivos. Dez anos após o início do PNI, esse índice caiu para 66, e em 2019, chegou a apenas 12 por mil.

Doenças graves como poliomielite e varíola foram erradicadas no país graças às campanhas de vacinação. A poliomielite, que vitimou mais de 25 mil crianças entre 1968 e 1980, teve seu último caso registrado em 1989. Já a varíola, que causou milhares de mortes no início do século XX, foi eliminada em 1971. Além disso, o controle de enfermidades como sarampo e rubéola também foi alcançado com o avanço da imunização.

No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) alertam para uma preocupante queda na cobertura vacinal, fenômeno que tem causado o ressurgimento de doenças antes controladas. Entre janeiro e maio de 2025, seis países das Américas, incluindo o Brasil, registraram mais de 2.300 casos de sarampo, com três mortes confirmadas. Nos Estados Unidos, foram mais de mil casos, tornando 2025 o segundo ano com maior incidência desde a eliminação oficial da doença em 2000.

A hesitação vacinal, definida como a recusa ou atraso na aceitação de vacinas apesar da disponibilidade e recomendação, é apontada como a principal causa desse retrocesso. No Brasil, a cobertura vacinal caiu de uma média superior a 70% entre 2001 e 2015 para apenas 52% em 2021, o menor índice em 20 anos. A pandemia de Covid-19 agravou essa situação, com atrasos na compra de imunizantes e um posicionamento governamental que dificultou o enfrentamento da crise.

Apesar disso, a vacinação contra a Covid-19 trouxe resultados positivos: o número de casos caiu de mais de 14 milhões em 2022 para cerca de 203 mil em 2025, e os óbitos reduziram de 424 mil em 2021 para menos de 2 mil neste ano.

Segundo Tedros Adhanom, presidente da OMS, “os avanços obtidos pelo uso de vacinas ao longo de cinco décadas estão em risco”. A imunização infantil é especialmente crucial, pois crianças são grandes transmissores de doenças devido à sua maior suscetibilidade e interação social intensa. Como ressaltou Isabella Ballalai, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacinação infantil impacta positivamente a saúde de toda a população.

Diante desse cenário, é fundamental reforçar a importância da vacinação para preservar as conquistas históricas da saúde pública e proteger vidas. Compartilhe este conteúdo e participe da luta contra a hesitação vacinal!

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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