Junho Violeta: Novos tratamentos na oftalmologia evitam avanço do ceratocone
Diagnóstico precoce e técnicas inovadoras reduzem a necessidade de transplante de córnea
O mês de junho é dedicado ao “Junho Violeta”, uma campanha nacional que alerta para a importância do diagnóstico e tratamento precoce do ceratocone, uma doença ocular que afeta principalmente jovens. Segundo dados da assessoria de imprensa do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, o ceratocone provoca o afinamento e a curvatura irregular da córnea, causando distorções visuais progressivas que podem levar à perda da visão se não tratados a tempo.
A oftalmologista Dra. Natália Regnis, especialista em Córnea Clínica e Cirúrgica, explica que a doença tem origem genética, mas fatores externos, como o hábito de coçar os olhos, especialmente em pessoas com alergias e doenças atópicas como rinite, asma e conjuntivite alérgica, podem acelerar seu avanço. “É uma condição genética, mas fatores externos, como o ato de coçar os olhos, podem agravar ou acelerar o quadro”, destaca a médica.
O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Atualmente, exames avançados como topografia, tomografia de córnea e mapa epitelial permitem identificar alterações ainda em fases iniciais da doença. “Quanto mais cedo identificamos a doença, maiores são as chances de preservar a acuidade visual e evitar a progressão para estágios que podem exigir um transplante de córnea”, reforça Dra. Natália.
O tratamento do ceratocone evoluiu muito nos últimos anos. Em casos leves, o uso de óculos ou lentes de contato especiais já proporciona melhora significativa da visão. Para estágios mais avançados, procedimentos como o implante de anel corneano ajudam a regularizar a curvatura da córnea, facilitando a adaptação das lentes. “Em casos leves, o uso de óculos ou lentes de contato especiais é suficiente para melhorar a visão. Já em situações mais avançadas, podem ser indicados procedimentos como o implante de anel corneano”, explica a especialista.
Uma das maiores inovações é o crosslinking, técnica que fortalece as fibras da córnea e impede seu enfraquecimento, sendo essencial para evitar a progressão da doença para formas graves. “O crosslinking é indicado para os casos em progressão e tem se mostrado fundamental para evitar a evolução da doença para formas graves”, afirma a oftalmologista.
Além disso, as lentes de contato também passaram por avanços significativos, com materiais e designs modernos e técnicas variadas de adaptação, como lentes rígidas gás-permeáveis, piggyback e esclerais. “A escolha depende do grau e morfologia do ceratocone de cada paciente”, comenta Dra. Natália.
No HOPE, os pacientes têm acesso a todas as opções terapêuticas atuais, incluindo adaptação de lentes personalizadas, implante de anel, crosslinking e transplante de córnea, este último reservado para casos com cicatrizes ou estágios avançados que impedem a adaptação de lentes.
Embora ainda não exista cura para o ceratocone, o acompanhamento oftalmológico regular e o tratamento adequado possibilitam a manutenção da estabilidade da doença e da qualidade de vida. “A campanha Junho Violeta é um lembrete importante para que as pessoas, especialmente os jovens, estejam atentos aos sinais visuais e façam consultas periódicas ao oftalmologista”, conclui a Dra. Natália Regnis.
Fique atento aos sinais e cuide da sua visão! Consultas regulares são essenciais para prevenir complicações e garantir tratamentos eficazes.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA