Junho Violeta: Novas técnicas para tratar e controlar o ceratocone
Entenda os sintomas, causas e avanços no tratamento do ceratocone, doença que afeta a córnea e a visão
Em alusão ao Junho Violeta, campanha que chama atenção para o ceratocone, doença ocular que altera a curvatura da córnea, a oftalmologista Dra. Thaís Borges, do Hospital de Olhos da rede Vision One, esclarece os principais aspectos dessa condição que afeta a visão de milhares de pessoas no Brasil.
O ceratocone provoca um afinamento progressivo da córnea, que passa a apresentar uma saliência em forma de cone, comprometendo a passagem da luz e, consequentemente, a qualidade da visão. A doença geralmente é diagnosticada entre os 10 e 25 anos e pode evoluir silenciosamente, causando sintomas como visão embaçada, distorcida, visão dupla, halos ao redor das luzes, coceira, vermelhidão, lacrimejamento, sensibilidade à luz e dificuldade para enxergar à noite.
Embora a causa exata do ceratocone seja desconhecida, a hereditariedade é um fator importante, assim como o hábito de coçar ou esfregar os olhos com frequência. “O atrito causado pela fricção excessiva do olho pode enfraquecer e romper as fibras da córnea, responsáveis por manter sua estrutura. Além disso, a coceira pode estimular a liberação de mediadores inflamatórios que vão piorar o quadro”, explica a médica. Para aliviar a coceira, ela recomenda compressas de água fria, colírios lubrificantes e o uso de antialérgicos.
O tratamento inicial do ceratocone inclui o uso de óculos ou lentes de contato especiais para melhorar a visão. Nos casos mais avançados, existem técnicas modernas para estabilizar a córnea e evitar a progressão da doença. Uma delas é o crosslinking corneano, um procedimento minimamente invasivo que utiliza riboflavina (vitamina B2) e luz ultravioleta para fortalecer as fibras de colágeno da córnea. Após o procedimento, o paciente usa uma lente terapêutica como curativo por cerca de uma semana.
Outra alternativa para melhorar a visão quando os óculos e lentes não são mais eficazes é a implantação do anel intracorneano, um dispositivo rígido inserido na córnea para regularizar sua curvatura. Em casos graves, com cicatrizes ou visão muito comprometida, o transplante de córnea pode ser necessário. Hoje, técnicas avançadas permitem substituir apenas camadas específicas da córnea, preservando a estrutura original e acelerando a recuperação.
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 150 mil brasileiros desenvolvem ceratocone anualmente. Embora não tenha cura, os avanços no diagnóstico e tratamento têm ampliado as opções para quem convive com a doença, proporcionando melhor qualidade de vida e preservação da visão.
Fique atento aos sinais e consulte um oftalmologista regularmente para diagnóstico precoce e acompanhamento adequado. Compartilhe este conteúdo para ajudar a conscientizar mais pessoas sobre o ceratocone!
Conteúdo baseado em informações da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA