Quando recomeçar é um ato cirúrgico
A trajetória de Juliana Moreira Chramosta, que transforma dor em potência por meio da cirurgia bucomaxilofacial
Quando recomeçar é um ato cirúrgico
Olá, Janaína. Como está?
Juliana Moreira Chramosta perdeu o marido cedo demais. Com dois filhos pequenos, uma clínica em construção e uma dor que não fazia alarde, ela decidiu seguir. Não por heroísmo, mas por responsabilidade. Seguiu operando, ensinando, empreendendo. E, com o tempo, transformou a dor em potência. Hoje, é referência nacional em cirurgia bucomaxilofacial, com mais de 20 anos de experiência, uma clínica em expansão e uma reputação construída com precisão técnica, escuta qualificada e coragem. Esta é uma história sobre ciência e sensibilidade, sobre rostos reconstruídos e destinos retomados. Mas, sobretudo, é uma história sobre recomeços e o que acontece quando uma mulher decide fazer do próprio ofício um ato de transformação.
Quando recomeçar é um ato cirúrgico
Cirurgiã bucomaxilofacial, Juliana Chramosta alia técnica, escuta e propósito para transformar rostos, histórias e destinos
A viuvez chegou cedo demais. Dois filhos pequenos, uma clínica ainda em fase de crescimento e um luto que apertava o peito em silêncio. Mas Juliana Moreira Chramosta não se deixou paralisar. Com muita responsabilidade e firmeza, seguiu. A dor virou combustível e o que poderia ter sido ponto final, transformou-se em recomeço. Acolheu o luto, sem interromper a vida. Seguiu presente na infância dos filhos, aprofundou os estudos, reestruturou a clínica com estratégia e afeto. Atendeu, cuidou, devolveu sorrisos. Investiu em tecnologia, redesenhou processos e triplicou os resultados e, em 2024, superou a marca de R$ 1 milhão em faturamento. Mais do que números, consolidou sua reputação como uma profissional que une ciência, humanidade e excelência.
Com mais de 20 anos de trajetória, formada pela UFMS, com residência em Campinas e especialização em implantodontia, Juliana é hoje um dos nomes mais respeitados da cirurgia bucomaxilofacial no Brasil. Atua no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, é professora no IOA Jardins, em São Paulo, e comanda uma clínica referência em procedimentos estéticos e reconstrutivos de alta complexidade.
Por trás da dentista, há a atleta e talvez seja essa disciplina silenciosa que sustenta a potência do que ela constrói. Opera com precisão e ensina com entrega, cada escolha é uma extensão de quem ela é: determinada, sensível, incansável. “Quando reconstruo um rosto, não penso só na técnica. Penso no que aquele paciente deixou de viver por conta da dor, da vergonha ou da limitação funcional. A cirurgia é só parte do que acontece ali”, conta.
Problemas como dentes desalinhados, mordida cruzada ou alterações ósseas faciais não impactam apenas a estética. Comprometem funções vitais: mastigação, respiração, qualidade do sono. Em crianças, a respiração bucal pode afetar o crescimento ósseo e causar distúrbios como apneia do sono, prejudicando o rendimento escolar e o desenvolvimento emocional.
Dados da American Academy of Sleep Medicine (2024) mostram que 3 em cada 5 crianças com alterações faciais não tratadas desenvolvem distúrbios do sono. No Brasil, um estudo do Brazilian Journal of Oral Health revelou que 78% dos adolescentes com dentes tortos já sofreram bullying por conta da aparência. O impacto vai além do desconforto: compromete autoestima, interação social e até saúde mental. É nesse ponto que Juliana atua. Técnica apurada, escuta afiada e um olhar que não se limita ao diagnóstico. Cada cirurgia é um gesto de restituição: da imagem, da funcionalidade e da confiança.
Docência, maternidade, gestão e bisturi
Juliana não opera apenas pacientes. Forma cirurgiões. Dá aulas, ministra cursos, acompanha casos complexos. Mantém uma rotina de ensino que alimenta a prática e vice-versa. Sua didática une teoria, ética e sensibilidade clínica e muito amor. No consultório, repete o que ensina: escuta, observa, respeita, é empática. “Pacientes viram amigos com frequência. Já vi mulheres redescobrirem o próprio rosto após uma correção mandibular. Outras me enviam fotos sorrindo com orgulho, como se finalmente se reconhecessem no espelho. Há quem me agradeça pelo fim de dores crônicas, pelo sono tranquilo ao lado do parceiro, sem o incômodo dos roncos. É disso que se trata o meu trabalho. Esse é o meu mundo, essa é a minha paixão”, diz.
Recomeçar como ato cirúrgico
Há quem reconstrua estruturas, Juliana reconstrói trajetórias. Com bisturi, conhecimento e cuidado, redesenha rostos e devolve segurança. É o tipo de profissional que inspira, não porque romantiza a dor, mas porque a enfrentou, ressignificou e decidiu transformá-la em caminho. Entre filhos, plantões, aulas e cirurgias, carrega a firmeza de quem sabe o que faz e a certeza do amor que emprega em cada caso atendido. Porque, no fim, sua história é feita de algo raro: técnica afiada, propósito vivo e uma humanidade que não se ensina, mas que, em cada rosto refeito, se reconhece.
“Quando olho para trás, sinto orgulho, não só da mulher que me tornei, mas dos filhos que criei com amor e presença, mesmo nos dias mais difíceis. O que construí vai além de cirurgias e diagnósticos. É sobre pessoas que me confiaram suas dores, sobre histórias que me atravessaram, sobre recomeços que me ensinaram a recomeçar também. Cada paciente, cada aluno, cada vida que tocou a minha, me deu a chance de devolver mais do que técnica, devolvi esperança. E é isso que faço, todos os dias, dentro do meu consultório. É ali que transformo caminhos e também sou transformada”, conclui Juliana.
SOBRE
Juliana Moreira Chramosta é cirurgiã bucomaxilofacial, especialista em implantodontia e um dos principais nomes do país em procedimentos estéticos e reconstrutivos de alta complexidade. Formada pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e com residência em Campinas (SP), soma mais de duas décadas dedicadas ao cuidado de pacientes com alterações ósseas faciais, disfunções mandibulares e comprometimentos que afetam a estética e a funcionalidade do rosto. Com trajetória pautada por precisão técnica e sensibilidade humana, atende no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, leciona no Instituto Odontológico das Américas (IOA), em São Paulo, e lidera uma clínica referência em Campo Grande, onde combina inovação, escuta qualificada e propósito. Sua prática une ciência, empatia e gestão estratégica, sustentada por valores éticos e por um compromisso genuíno com a transformação de vidas.
Por Juliana Moreira Chramosta
Cirurgiã bucomaxilofacial, especialista em implantodontia, formada pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), com residência em Campinas (SP), professora no Instituto Odontológico das Américas (IOA), atua no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, líder de clínica referência em procedimentos estéticos e reconstrutivos de alta complexidade.
Artigo de opinião