Medicamentos para emagrecer podem causar danos irreversíveis à saúde bucal, alerta especialista

Medicamentos como Ozempic e Wegovy, à base de semaglutida, têm revolucionado o combate à obesidade pela sua eficácia na perda de peso. No entanto, a dentista Luiza Rebelo Roth Ayub, especialista em periodontia, ortodontia e Invisalign, alerta para os riscos que esses medicamentos podem representar para a saúde bucal, com efeitos que podem ser irreversíveis.

Segundo a especialista, pacientes que utilizam semaglutida frequentemente desenvolvem boca seca severa, o que aumenta o risco de mau hálito, cáries e desgaste dos dentes. “Com menos saliva, há menos proteção natural para os dentes e tecidos bucais”, explica Luiza Ayub. A saliva, além de lubrificar, ajuda a neutralizar ácidos e controlar a proliferação de bactérias nocivas. A semaglutida interfere nas glândulas salivares, diminuindo a produção de saliva e tornando-a mais espessa e pegajosa, o que intensifica o ressecamento das mucosas orais.

Um dos sintomas mais comuns relatados por usuários desses medicamentos é a halitose persistente, causada pela redução do fluxo salivar. A saliva reduzida dificulta a limpeza natural da boca e da língua, favorecendo o crescimento de bactérias que podem causar mau hálito e até doenças periodontais. Casos de revestimento esbranquiçado ou aspecto “peludo” na língua também são observados, agravando o quadro clínico.

Além disso, a semaglutida pode causar vômitos frequentes devido à digestão mais lenta. O ácido clorídrico presente no conteúdo estomacal pode corroer o esmalte dental, especialmente na face interna dos dentes. “Esses episódios repetidos enfraquecem a estrutura dos dentes e, quando somados à baixa produção de saliva, deixam o paciente extremamente vulnerável à erosão ácida”, alerta a dentista. Esses danos são irreversíveis e podem comprometer a estética e a funcionalidade do sorriso.

Mulheres, em especial, devem redobrar a atenção, pois fatores hormonais podem aumentar a sensibilidade aos efeitos adversos da semaglutida. “Muitas pacientes relatam mais náuseas, vômitos e sintomas orais”, comenta Luiza Ayub. Ela recomenda que, após episódios de vômito, a escovação seja adiada por pelo menos 30 minutos para evitar espalhar o ácido sobre os dentes. O ideal é enxaguar a boca com água ou enxaguante bucal e esperar antes de escovar.

Para minimizar os impactos desses medicamentos na saúde bucal, a dentista sugere algumas medidas importantes: manter hidratação constante para estimular a saliva, mascar chicletes sem açúcar com eucalipto para controlar o mau hálito, consumir probióticos como iogurte e kefir para equilibrar a flora bucal, e manter uma higiene oral rigorosa com escovação correta, uso de fio dental e enxaguantes bucais.

“Em qualquer sinal de alteração bucal, como ressecamento, halitose persistente ou dor nos dentes, é essencial procurar um dentista”, orienta Luiza Ayub. Cuidar da saúde bucal durante o uso desses medicamentos é fundamental para evitar complicações sérias e preservar o sorriso.

Este conteúdo foi elaborado com dados fornecidos pela assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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