Mês da Saúde Ocular: Conheça os riscos da DMRI e do Edema Macular Diabético para a visão
Além da catarata, doenças da retina como DMRI e EMD ameaçam a visão central e a qualidade de vida
Julho é o Mês da Saúde Ocular, momento ideal para ampliar o conhecimento sobre doenças que afetam a visão e que vão além da catarata e do glaucoma. Entre elas, destacam-se a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e o Edema Macular Diabético (EMD), condições que podem levar à perda da visão central e impactar profundamente a autonomia dos pacientes.
A DMRI é uma doença crônica e progressiva que acomete a mácula, região central da retina responsável por detalhes finos da visão, como ler, reconhecer rostos e realizar tarefas cotidianas. Com o envelhecimento, essa área pode ser danificada, causando perda da visão central, enquanto a visão periférica geralmente permanece intacta. A forma úmida da DMRI, mais agressiva, requer acompanhamento constante e tratamento especializado. Essa condição é uma das principais causas de cegueira em pessoas acima de 60 anos no mundo.
Já o Edema Macular Diabético é uma complicação da retinopatia diabética, causada pelo excesso de açúcar no sangue que danifica os vasos sanguíneos da retina, provocando inchaço e distorção visual na região central. O EMD pode afetar pacientes com diabetes tipo 1 ou 2, especialmente quando o controle glicêmico é inadequado. Por ser uma doença silenciosa, muitas vezes os sintomas só aparecem quando a visão já está comprometida, o que torna o diagnóstico precoce e o tratamento fundamental.
Uma pesquisa realizada pela FGV/CPDOC em parceria com a ONG Retina Brasil e apoio da Roche Farma Brasil ouviu 155 pessoas com DMRI ou EMD em todo o país. O estudo revelou que 29% dos entrevistados já abandonaram o tratamento pelo menos uma vez, evidenciando os desafios para manter o cuidado contínuo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas metade das pessoas com doenças crônicas segue corretamente o plano de tratamento.
A oftalmologista Patrícia Kakizaki, especialista em Retina Clínica e Cirúrgica pela UNIFESP, destaca que “muitas vezes, o paciente entende a importância do tratamento, mas a rotina, o deslocamento e até o medo da aplicação da injeção intraocular prejudicam a continuidade. Essa dificuldade na adesão, no caso das doenças da retina, pode levar a uma perda de visão irreversível”.
Além do tratamento médico, a reabilitação visual é essencial para ajudar o paciente a recuperar autonomia e confiança. No entanto, apenas 20% dos entrevistados afirmaram ter utilizado algum serviço ou recurso de apoio. Entre as dificuldades para o acesso estão a falta de serviços na cidade, distâncias, custos e ausência de rede de apoio. Para aqueles que tiveram acesso, houve relatos de melhora nas atividades diárias, como usar transporte público, sacar dinheiro e assinar documentos.
Rogério Mauad, Gerente Executivo de Estratégia Médica da oftalmologia, reforça que “o desenvolvimento de novas tecnologias ajudará a diminuir as limitações ocasionadas pelas doenças de retina, possibilitando maior independência por mais tempo e melhor qualidade de vida”.
Por fim, Patrícia Kakizaki ressalta que “o tratamento precisa ir além do consultório, é necessário ouvir o paciente, acompanhar sua jornada e garantir que ele tenha acesso a um cuidado contínuo, que inclua reabilitação, apoio emocional e infraestrutura adequada. Só assim conseguimos preservar não apenas a visão, mas também a qualidade de vida dessas pessoas”.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa, destacando a importância de atenção e cuidado contínuo para quem convive com doenças da retina. Se você ou alguém próximo tem DMRI ou EMD, procure um especialista e não abandone o tratamento. A visão é um dos sentidos mais preciosos e merece cuidados constantes.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA