Medicina personalizada: mais qualidade ao tratamento do câncer

Oncologia molecular facilita e oferece condições para definição do tratamento adequado para cada caso em menos tempo

Estimativas sugerem que até o ano de 2025 surjam mais de 700 mil novos casos de câncer no Brasil, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. As informações são da publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, lançada em novembro de 2022 pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Ao todo, foram estimadas as ocorrências para os 21 tipos de câncer mais recorrentes no país, dois a mais do que na publicação anterior, com a inclusão dos de pâncreas e de fígado. O câncer de fígado aparece entre os 10 mais incidentes na região Norte e está relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. Já o câncer de pâncreas é mais frequente na região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo.

O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Tratamento personalizado garante melhores chances de cura

Até pouco tempo, pessoas com o mesmo tipo de câncer recebiam tratamento igual e padronizado. Porém, as respostas desses pacientes eram diferentes. Alguns tinham sucesso no tratamento, enquanto outros não. Com a experiência e o decorrer do tempo, os médicos perceberam que as reações aos tratamentos dos pacientes eram diferentes. Por meio de estudos clínicos e pesquisas, foi possível identificar que essas diferenças ocorrem devido às alterações e mutações genéticas únicas de cada indivíduo.

Na maioria dos casos, a medicina personalizada utiliza informações genéticas únicas de cada indivíduo, com o objetivo de identificar de forma precisa os medicamentos e procedimentos mais apropriados para cada caso. Assim, o paciente possui maiores chances de cura e aumento de sobrevida. Essa abordagem só é possível a partir das informações de alterações moleculares do tumor que são detectadas por testes de biologia molecular.

De acordo com a Dra. Graziele Moraes Losso, geneticista e bióloga molecular, especialista em aconselhamento Genético Oncológico, nem todo câncer é herdado. “Os cânceres podem ser esporádicos ou hereditários. Os esporádicos são os mais comuns, causados por fatores epigenéticos (alterações genéticas que sofremos ao longo da vida, provocada pelo meio ambiente). Já os hereditários, são causados por alterações genéticas passadas de uma geração para a outra”.

Ter a informação e saber se há um risco genético de desenvolver câncer, assim como identificar se o tumor é predominantemente causado por uma alteração genética, trará benefícios e aumentará as chances de prevenção da doença no paciente e seus familiares. “O tratamento individualizado oferece melhores chances de resultados e com menor risco de efeitos adversos e tem como objetivo otimizar os resultados com base nas características biológicas do tumor e do paciente”, complementa a geneticista.

Inovações democratizam diagnósticos

O diagnóstico oncológico molecular é uma ferramenta indispensável para a utilização de terapias-alvo – que é um tipo de tratamento do câncer que usa drogas que atacam células cancerígenas, não afetando as células saudáveis. Por meio da análise genética do tumor do paciente, é possível identificar alterações clinicamente relevantes, chamadas de marcadores tumorais somáticos. Uma vez detectadas, os pacientes podem ser tratados com terapia-alvo desenvolvidas especificamente para aquela mutação.

Com o intuito de reduzir o processo de análise, a Mobius, em parceria com a empresa italiana Diatech Pharmacogenetics, trouxe ao mercado brasileiro, com exclusividade, a linha EasyPGX®A linha utiliza a técnica de biologia molecular e é uma solução completa de diagnóstico que visa otimizar o tempo de liberação do resultado.

“A metodologia utilizada para detecção de marcadores tumorais depende de muitos fatores. Dentre eles, a disponibilidade de amostra, viabilidade econômica, terapias-alvo disponíveis e marcadores tumorais são variáveis importantes no momento da escolha”, comenta Dra. Graziele. Mais informações, acesse www.mobiuslife.com.br.

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