Saiba como surgiu o Dia do Orgasmo e quais os caminhos para alcançá-lo
Carla Geane, sexóloga da INTT, fala sobre os segredos para atingir o ápice do prazer
Quando o assunto é sexo, ele é a estrela. Almejado por 11 em cada 10 pessoas, para alguns ele é facilmente encontrado, chegando a dar o ar de sua graça repetidas vezes em questão de minutos; para outros é a busca incessante pelo Santo Graal. Sim, estamos falando do orgasmo, que até ganhou uma data comemorativa: 31 de julho. O Dia do Orgasmo foi criado em 1999 por alguns sex shops britânicos com o objetivo de alavancar sua vendas e chamar a atenção para um debate importante, que é a questão de muitos ainda o desconhecerem.
“O que acontece é que muitos não exploram novos caminhos para encontrar aquilo que realmente pode ser prazeroso por o considerarem tabus e, pior ainda, muitas vezes costumam se autossabotar para agradar o parceiro (a)”, explica Carla Geane, sexóloga da INTT. Apesar do orgasmo ser algo que todos podem sentir, são as mulheres que costumam sair em desvantagem. Aproximadamente 70% das mulheres nunca chegaram a sentir um orgasmo com seus parceiros.
“Desde nova, a mulher é educada para reprimir os seus desejos e práticas de estímulos sexuais por estarem associados à promiscuidade ou para evitar estigmas que poderão comprometê-la tanto no âmbito social como profissional. Questões essas que muitas vezes a obrigam assumir uma postura submissa, onde passa a encarar com normalidade que deve se resguardar para o parceiro, enquanto este mostra sua virilidade através de várias parceiras.”, diz Carla.
Relação morna durante o isolamento
O isolamento acabou se tornando um grande obstáculo para os casais. Conviver quase que durante 24 horas requer paciência, respeito e compreensão. Para não cair na temida rotina, inovar e procurar novos caminhos para vivenciar um orgasmo incrível através do diálogo e da troca com o parceiro (a) podem ser alternativas nesse momento. “Essa história de que é necessário realizar todas as vontades e fetiches do parceiro para não correr riscos de esfriar o relacionamento é lenda. É importante fazer aquilo que dá prazer a ambos”, ressalta Carla.
Prazer anal
E por falar em novas experiências, o sexo anal ainda é um obstáculo a ser superado. Para quem tem curiosidade sobre o assunto, mas não sabe por onde começar, existe alguns cuidados que precisam de atenção: “Nada de ir direto ao ponto, é importante pedir para o parceiro (a) estimular essa região com os dedos, passar um pouco de lubrificante, massagear toda área, e, no momento da penetração, ir bem devagar.” –afirma Carla.