A depressão e a ansiedade são adoecimentos incapacitantes?

*Por Erica Amanda de Oliveira

A Organização Mundial da Saúde estima que a depressão e a ansiedade sejam os dois principais adoecimentos mais incapacitantes do mundo, ou seja, que prejudicam o dia a dia das pessoas, dificultando a realização de tarefas simples como higiene pessoal, atividades domésticas, trabalho, estudo, entre outros.

Atualmente, o Brasil ocupa o ranking, em 1° lugar, com a população mais ansiosa do mundo, tendo em média 19 milhões de pessoas, cerca de 10% da população convivendo com sintomas moderados e graves de ansiedade. Estando também, em 5° lugar, com a população que mais sofre de depressão, tendo em média 16 milhões de pessoas em sofrimento psíquico por conta desse adoecimento.

Essas estimativas são pouco conhecidas pela população brasileira, embora seja comum ouvirmos relatos de pessoas conhecidas ou familiares que sofrem com esses transtornos, nem sempre são tratados com seriedade. Há muita dúvida sobre a gravidade desses transtornos, além de críticas, preconceitos, indiferença, deboche, e tantas outras tratativas desrespeitosas com as pessoas que sofrem diariamente com os prejuízos desses quadros.

A ansiedade e a depressão são transtornos sérios, que afetam o funcionamento do cérebro das pessoas, alterando o Sistema Nervoso Central, o Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático, e várias outras funções cognitivas, emocionais e comportamentais.

O conjunto de sintomas ocasionados por esses quadros clínicos resultam em prejuízos em todas as áreas da vida das pessoas, e as vezes, o agravamento dos sintomas são tão severos que as pessoas precisam de afastamento do trabalho e cuidados intensivos de equipe multiprofissional. Precisando em algumas situações de internamento por conta dos diversos riscos envoltos mediante a gravidade do caso, como pensamentos e comportamentos autodestrutivos.

Para mudar essa realidade precisamos falar mais sobre a ansiedade e a depressão. Conhecendo melhor os sintomas característicos desses quadros podemos reduzir os danos e prevenir estes adoecimentos. Oferecendo apoio e suporte adequado às pessoas.

Se você percebe ter sintomas que ocasionam prejuízos e/ou desconfia que possa ser ansiedade e depressão, busque apoio psicológico!

Erica Amanda de Oliveira Psicóloga Clínica. Graduação em Psicologia pela PUCPR (2016). Mestrado em Educação pela UFPR (2019). Especialista em Terapia Familiar e de Casal na Abordagem Sistêmica pela UNIAVAN (2020). Doutoranda em Educação pela UFPR (2020-2024). Professora no Curso de Psicologia da Faculdade Estácio – Curitiba. Sócia-Proprietária do Mosaico, Centro de Psicologia, Especializado em Saúde da Família.

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