Enjoo durante as viagens? Entenda e saiba como evitar
A doença do movimento é um problema comum que pode atingir pessoas que viajam de carro, barco ou avião e todos são suscetíveis ao movimento gerado por esses transportes, sendo mais comum ocorrer em crianças e mulheres grávidas1. Essa condição tem nome complicado, mas explicação simples. A cinetose ou a tontura do movimento é a incompatibilidade entre o movimento que se vê e o que é percebido pelos órgãos que compõem os ouvidos, responsáveis pelo nosso equilíbrio2. E essa oscilação repetitiva do corpo, durante viagens curtas ou longas, causam o mal-estar.
“Não necessariamente o movimento real é requisito para a manifestação desta desordem no aparelho vestibular – órgãos que compõem o ouvido –, uma vez que a mera percepção de estar se movendo já pode resultar em doença do movimento”, comenta Dr. Olavo Mion, médico Otorrinolaringologista (CRM – SP: 75.231). O especialista ainda explica que mulheres e gestantes têm quadros mais graves de cinetose e crianças menores de dois anos são menos sensíveis. Entre os pequenos, os picos ocorrem entre 3 e 12 anos. Já indivíduos com ansiedade, claustrofobia e enxaqueca têm mais risco de desenvolver a doença.
A cinetose ainda causa náuseas, aumento da salivação, dor de cabeça, visão turva, tontura sem vertigem e sonolência e para realizar uma viagem confortável, o tratamento mais efetivo para a doença do movimento são anti-histamínicos e anticolinérgicos, principalmente quando combinado aos com cuidados ambientais e comportamentais2,3,4, como evitar movimentos bruscos, ingerir bebidas alcoólicas, e evitar alimentos gordurosos ou com alto valor calórico. Também é recomendado que a pessoa não olhe diretamente para telas ou aparelhos eletrônicos.
“Os anti-histamínicos são o tratamento de escolha para os sintomas de vertigem, náusea e vômitos caudados pela cinetose e seu efeito de duração prolongado o torna o mais indicado para longas viagens. O dimenidrinato é eficaz, de rápido início de ação, quando comparado com outros anti-histamínicos e com menores efeitos colaterais que outros medicamentos”, explica o especialista, Dr. Olavo Mion, médico Otorrinolaringologista (CRM – SP: 75.231).
Em um estudo sobre anti-histamínicos, Wood e Graybiel concluíram que o dimenidrinato foi mais efetivo que a meclizina5. Além disso, segundo Dahl e colaboradores, a meclizina tem menor eficácia que o dimenidrinato e outros anti-histamínicos, como a clorfeniramina, como concordam também Sherman6 e Zajonc7. Entre os anti-histamínicos citados acima, o dimenidrinato é o mais eficaz5,6.
“Ainda, é importante se consultar com um especialista antes de tomar qualquer tipo de medicação”, reforça Mion.