Cafés especiais: uma experiência que conquista paladares
Processo de produção diferenciado, da colheita ao preparo, garantem sabor marcante que tem atraído consumidores
Segunda bebida mais consumida no mundo, que está associada a vários momentos do dia e da vida, como ao acordar, após às refeições, assim como em encontros sociais ou profissionais. O café é essencial na vida de muitas pessoas e, por isso, cada uma delas tem alguma dica ou preferência quanto ao seu preparo.
Assim como grande parte dos setores alimentícios, o mercado de café também se moderniza e busca oferecer novidades aos consumidores. O tradicional cafezinho pode ter variações, os cafés especiais, que exigem processos diferenciados do campo à xícara, que garantem o sabor diferenciado e marcante desses produtos.
Cafés especiais atraem consumidores – Segundo o estudo anual The Brazilian Market Coffee, publicado no final de 2019 pelo banco holandês Rabobank, o consumo de cafés especiais deve crescer mais de 34% até 2024 no país.
Na Café Labareda, os cafés especiais são: Premium, com corpo marcante, aroma doce, média acidez, leve doçura com toque de caramelo, seleção dos melhores grãos arábica, com alto grau de qualidade, tipo exportação. E o Reserva, da variedade Bourbon Amarelo, com corpo delicado, acidez, aroma e doçura marcantes, notas de frutas amarelas e grãos arábica.
Processo de produção – Os cafés especiais se diferenciam desde a colheita, como explica o Q-Grader (Avaliador de Qualidade), Douglas Patrocínio Freiria Radi. “Enquanto no café tradicional todos os grãos são colhidos, para os especiais é realizada a colheita seletiva, na qual são utilizados apenas os grãos maduros”, explica.
Após esse processo, os grãos vão para a seca. Enquanto os cafés tradicionais levam, em média, sete dias nesta etapa, os especiais ficam em média 50 dias. “Aqui na Labareda, a seca é realizada de forma suspensa, de forma que não haja contato com o solo, que minimizam os riscos de qualquer tipo de contaminação”, detalha Radi.
Depois desta etapa, o café descansa em média 30 dias. Para garantir total qualidade, os cafés grãos que irão para a produção dos cafés especiais passam por quatro máquinas que selecionam os grãos maiores, onde há a seleção de cor e de quaisquer imperfeições.
Então os grãos estarão prontos para a torra e é neste momento em que o especialista em café tem a função de descobrir os sabores e para qual tipo de café cada grão será destinado. Isso é definido a partir do tempo da torra, processo que é acompanhado pelos profissionais da empresa de forma minuciosa. “São avaliados dez atributos do café, para os quais são atribuídas notas de 0 a 10 para cada quesito. Para ser considerado especial, o café precisa ter nota acima de 80 pontos. O Café Reserva da Labareda tem nota 86 e o Premium 83”.
E os cuidados se estendem à embalagem, que possuem uma válvula aromática aplicada com solda quente, que permite a desgaseificação do produto embalado, ou seja, impede que o ar ambiente entre na embalagem. Assim, este dispositivo mantém a integridade da embalagem, evita a deterioração acelerada do produto e permite ao consumidor provar o aroma sem abrir a embalagem.
Dicas para preparar o melhor café – Seja no armazenamento ou no momento de preparo, algumas orientações de um especialista podem ajudar a potencializar o melhor sabor de cada produto.
Douglas adianta que o primeiro passo é na escolha do tipo de café. “A pessoa precisa escolher o café de acordo com seu gosto pessoal, pois não é a quantidade de pó que fará com que a pessoa chegue ao sabor desejado, mas sim o tipo de torra que terá passado este produto para que chegue a cada sabor”, explica o especialista.
Uma orientação importante de Douglas é de que, depois de aberto e retirada a quantidade que será utilizada, a embalagem deve ser fechada corretamente para evitar, ao máximo, o contato do café com o oxigênio. “No caso dos especiais, por exemplo, quanto maior o tempo de exposição com a embalagem aberta, menor é o aproveitamento da qualidade desse café, pois pode haver alteração de seu sabor”.
Para o preparo, uma dica importante: escaldar o coador de pano ou de papel antes de colocar o pó. “A água utilizada precisa estar no ponto antes da fervura e a água coada deve ser descartada. Assim, retiramos qualquer cheiro ou gosto que possa estar presente no coador de papel, ou também possíveis resquícios de produto de limpeza ou mesmo de café anterior que estejam no coador de pano, porque tudo isso interfere na qualidade e sabor do café”, orienta.
No coador úmido, o pó deve ser colocado e, em seguida, a água, no mesmo ponto antes da fervura. Quanto às medidas, a pessoa pode adaptar de acordo com seu gosto, mas a medida padrão seria: um grama de café para cada 10 ml de água.
“Quem se permite à experiência de provar um café especial sente o prazer que esta bebida oferece em termos de sabor, pois tem um manejo e um processo de produção totalmente diferenciados, e por ser carregado de história por trás do produto”, reflete Douglas.