5 de cada 10 mulheres não cuidam de sua saúde sexual
O dia mundial da Saúde Sexual e Reprodutiva é celebrado em 4 de setembro. Aproveitando a ocasião, o Gleeden, principal plataforma para encontros extraconjugais projetados por e para mulheres, perguntou aos seus usuários sobre hábitos de cuidados com a sua saúde sexual. O principal achado que chama a atenção é que 45% dos entrevistados mencionaram nunca ter feito o teste de doenças sexualmente transmissíveis, enquanto 40% o fazem uma vez por ano, e apenas 6% a cada seis meses e 3% a cada três meses.
Embora 97% considerem que sua educação sexual tem sido muito boa ou boa e até 92% considerem que têm uma saúde sexual muito boa; na prática, há pouco hábito de fazer exames que deveriam ser de rotina.
Além disso, embora a maioria das atividades tenha sido retomada durante a pandemia, apenas 34% já agendou consulta para exames relacionados à saúde sexual e reprodutiva. Contra os 47% que não contemplam e 18% que mencionam que vão esperar mais alguns meses para ter uma revisão.
Nesse sentido, Paulina Millán, sexóloga e diretora de Pesquisa do Instituto Mexicano de Sexologia, explica que “há uma falsa percepção sobre a educação sexual. Muitas vezes as pessoas pensam que por saber sobre sexo e conhecer anticoncepcionais já receberam uma educação a esse respeito. No entanto, elas precisam considerar aspectos como prevenção, prazer e até violência sexual. Por isso esse dia é tão importante, para falar mais sobre o assunto e aprofundar na detecção de doenças”.
Agora, parece que quem mais cuida de sua saúde sexual e reprodutiva são os infiéis, pois a maioria (82%) revelou que sempre usa preservativo nas relações sexuais com o amante. Enquanto com o parceiro estável, 45% nunca usa preservativo e 47% o faz.
Em referência a isso, a sexóloga Paulina Millán acredita que, “Continuamos com uma educação meio moralista, onde se acredita que as pessoas só têm um parceiro sexual em toda a vida, quando a realidade se mostra diferente disso. Você precisa estar mais aberto para falar sobre todos os encontros sexuais que você tem, não só se preocupar com uma gravidez, mas também sobre doenças sexualmente transmissíveis e ter a confiança para perguntar ou fazer o teste com cada parceiro que você tiver, mesmo que seja um novo relacionamento ou casual”.
A pandemia afetou alguma coisa?
75% mencionam que a pandemia não afetou sua saúde sexual e 83% que também não afetou seus cuidados reprodutivos. Além disso, 97% responderam que não tiveram dificuldade em obter anticoncepcionais ou medicamentos para cuidar dos órgãos reprodutivos.
A sexóloga Paulina Millán conclui: Em geral, falta divulgação e maior disponibilidade de laboratórios e clínicas para que as pessoas possam ir e fazer um pacote completo de testes de detecção, não só do HIV, mas também de outras doenças como gonorreia, sífilis, hepatite, etc. Além disso, a maioria das pessoas desconhece que já existem vacinas preventivas ou acredita que, se não tiverem um sintoma visível nos órgãos sexuais, estão saudáveis, quando existe a possibilidade de serem portadores de muitas doenças que não apresentam sintomas”.
Vale ressaltar que o Gleeden promove o exercício de uma sexualidade escolhida, protegida e saudável.
* Pesquisa online realizada de 25 a 30 de setembro com 8.770 usuários do Gleeden.