Como se libertar da culpa?
Culpa.
Sentimento profundo e devastador.
Muitas vezes escolhemos culpar o outro. Algo nos provoca, uma situação pública ou particular que tira a nossa paz, alguém que nos prejudica.
Por que fazemos isso?
Porque assumir a responsabilidade sobre nossas ações (e seus resultados) é dolorido. É tão desafiador que, muitas vezes, não somos capazes de fazê-lo.
Assumir que os responsáveis pela nossa tristeza e desconforto somos nós não é uma tarefa banal.
Mas a verdade é que aquilo que chega a você está relacionado ao seu carma, seja ele neutro, positivo ou negativo.
Sair desse lugar, admitir nosso papel e se comprometer com a mudança. Minimizar ou mesmo acabar com o sofrimento. Todas essas ações vão nos proporcionar algo muito importante…
Libertação
A redenção acontece quando nos comprometemos a nos transformar através do esforço correto, da plena atenção, da auto-observação e do reconhecimento de hábitos prejudiciais.
Para auxiliar esse processo, transformamos a culpa em arrependimento.
Repita mentalmente:
“Todo carma prejudicial
alguma vez cometido por mim,
desde tempos imemoráveis.
Devido à minha ganância,
raiva e ignorância sem limites.
Nascido de meu corpo, boca e mente.
Agora, de tudo eu me arrependo.
Fiz coisas erradas.
Falei coisas impróprias.
Pensei de forma prejudicial.
Tive pensamentos errôneos sobre as pessoas.
Sobre realidades e sobre mim mesma.
Falei palavras duras.
E eu me arrependo.”
Se falhamos, o arrependimento significará transformação. Fazemos o compromisso de corrigir o erro, praticando mais zazen, olhando nós mesmos em profundidade, em auto-observação, o dia todo.
Falhamos e melhoramos.
O nirvana não é eterno, as coisas passam por nós e nós passamos por elas. É preciso manter a mente alerta para não cometer os mesmos erros ou novas faltas.
Converse com a sua culpa: “Seja bem-vinda, você faz parte de mim. Eu vejo e acolho você”.