Conheça mulheres que estão à frente das lutas pelo meio ambiente e pelos animais
O veganismo é um modo de viver, cujo objetivo principal é excluir, na medida do possível, todas as formas de exploração animal, assim como busca o movimento de proteção animal. Coincidentemente, esse propósito não é a única semelhança entre os dois, já que em ambos os movimentos a presença das mulheres é maior que a dos homens.
A proteção animal e o veganismo são coisa de mulher, de homem, de jovens, de mais velhos, de todas as pessoas, porém, decidimos listar mulheres que estão fazendo a diferença na luta pelo meio ambiente e pelos direitos dos animais:
Ana Carla Kawazoe Sato, Ana Paula Dionisio e Caroline Mellinger Silva
A organização The Good Food Institute (GFI) trabalha com cientistas, investidores e empreendedores a fim de encontrar alternativas vegetais aos produtos de origem animal.
Sabendo que a participação de mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática é significativamente menor do que a de homens, por diversos motivos, a instituição decidiu por iniciativa própria incluir um número maior de mulheres em suas pesquisas e também assegurar acesso às condições necessárias para que elas se mantenham na carreira científica.
Em 2019, 56% dos projetos contemplados pelas bolsas do Programa Anual de Incentivo à Pesquisa do GFI foram propostos por mulheres, sendo três delas brasileiras: Ana Carla Kawazoe Sato, Ana Paula Dionisio e Caroline Mellinger Silva, cientistas que estão, de fato, transformando o cenário de proteínas alternativas no Brasil.
Juliana Camargo e Marcele Becker
Unidas pelo sonho de criar um projeto para mudar a realidade dos animais rejeitados e abandonados do Brasil, Juliana Camargo e Marcele Becker criaram, em 2010, a AMPARA Animal. Dez anos depois, a organização é a principal ONG de proteção animal do país.
Para quem não sabe, AMPARA é uma sigla: Associação de Mulheres Protetoras dos Animais Rejeitados e Abandonados.
A associação funciona como uma espécie de “ONG mãe”, dando auxílio a mais de 450 abrigos pelo Brasil. Além disso, desde 2016 a frente AMPARA Silvestre trabalha com foco na reabilitação de animais que podem ser devolvidos à natureza e ajuda no bem-estar daqueles condenados ao cativeiro.
Inclusive, a AMPARA Silvestre foi de extrema importância na tragédia das queimadas do Pantanal em 2020 ao realizar o resgate de animais que foram queimados pelo fogo.
Além de Juliana e Marcele, que são presidente e vice-presidente da associação respectivamente, a ONG conta ainda com o trabalho da diretora executiva, Raquel Facuri, e da diretora financeira, Cassiana Oliveira.
Mônica Buava
Capitaneada pela gerente de campanhas da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), Mônica Buava, a campanha Segunda Sem Carne no Brasil é considerada a maior do mundo!
A ideia surgiu em 2003 nos Estados Unidos e propõe a substituição da proteína animal pela vegetal ao menos uma vez por semana. Com isso, as organizações veganas e vegetarianas buscam conscientizar as pessoas sobre os impactos que os produtos de origem animal têm sobre a sociedade, a saúde humana, os próprios animais e o planeta de forma geral.
Hoje, a proposta está presente em mais de 40 países. No Brasil, a iniciativa foi lançada em 2009 e, atualmente, conta com o apoio de governos, personalidades e diferentes empresas.
Naomi Hallum e Isabel Siano
A Million Dollar Vegan (MDV) é uma organização sem fins lucrativos internacional dedicada a educar as pessoas sobre os benefícios ambientais, éticos, pessoais e de saúde pública decorrentes da adoção de um estilo de vida baseado em vegetais. Em 2019, a entidade iniciou suas atividades com uma campanha para desafiar publicamente o Papa Francisco a adotar uma alimentação 100% vegetal na Quaresma.
Desde o ano passado, com a chegada do novo coronavírus, a organização passou não só a distribuir conteúdo gratuito sobre nutrição e oferecer suporte para pessoas que desejam descobrir o veganismo como também a distribuir alimentos 100% vegetais em todo o mundo.
A organização já entregou mais de 360 mil refeições veganas em 14 países e sua principal missão atualmente é distribuir pelo menos um milhão de refeições até 2022 como parte de uma iniciativa contínua da campanha #TireAsPandemiasDoCardápio.
À frente de tudo isso, a presidente Naomi Hallum. No Brasil, a gerente de campanhas também é uma mulher: Isabel Siano. O time ainda conta com o apoio de celebridades como a apresentadora Xuxa Meneghel, a ativista Luisa Mell e a atriz Alicia Silverstone.
Brunna Sachs
A carioca é exemplo de que as crianças da geração Z estão super engajadas na construção de um mundo melhor, Brunna é uma jovem ativista em defesa dos animais.
Brunna Sachs tinha apenas 2 aninhos de idade, quando começou a questionar de onde vinha a carne. A mãe, Sandra Sachs, foi muito honesta e explicou então que vinha da vaca. A resposta mexeu com a garota, tanto que pouco tempo depois, ela decidiu tornar-se vegana, pois não considerava certo que os animais deveriam morrer para alimentá-la. Inspirada pela atitude da filha, a mãe também aderiu a um estilo de vida livre de crueldade.
A transformação não foi só no hábito alimentar, Brunna foi muito além disso. A garota passou a se engajar em diversos projetos emprestando sua imagem, sua voz e seu tempo para lutar em defesa dos animais. Ela se tornou embaixadora da Segunda Sem Carne, campanha idealizada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB); embaixadora mirim da ONG internacional Million Dollar Vegan; organizadora do núcleo brasileiro do Youth Climate Save; já palestrou no VegFest, maior congresso vegano das Américas, e hoje é a única brasileira a representar a fundação Animal Hero Kids. Sem dúvida, uma inspiração para muitos jovens e adultos!
Atualmente, com 11 anos ela tem uma página no Instagram (@brunnasachs) com mais de 20 mil seguidores monitorada pela mãe, onde ela fala sobre a crueldade praticada com os animais, dá dicas de marcas cruelty-free e mostra seu dia a dia, provando como crianças também podem ser veganas e muito saudáveis.
Em setembro, Brunna participou da campanha pelo Dia da Amazônia da Million Dollar Vegan e de uma doação de alimentos em parceria com a Sociedade Vegetariana Brasileira. Atualmente Brunna participa da coluna “Bota pra Girar” numa web rádio chamada Escola FM, onde ela trata de assuntos relacionados a alimentação e meio ambiente.