Comorbidades atingem até metade dos idosos e aumentam risco cardiovascular
Um estudo publicado pelo Ministério da Saúde, em 2018, afirma que 70% dos idosos possuem alguma doença crônica e, entre os diagnósticos mais comuns, estão a hipertensão e o diabetes. Ainda que não sejam exclusivas da idade, é preciso redobrar os cuidados em virtude das complicações.
Para essa população, recorrer a tratamentos que evitem a exposição pode ser a melhor saída, sobretudo em tempos de pandemia, afirma Aline Pasiani, coordenadora médica da Lar e Saúde, uma das maiores prestadoras de serviço de home care do Brasil. “Nestes casos, como às vezes possuem pouca mobilidade, oferecer um tratamento que evite sair é o melhor, pois toda conduta que seria feita no consultório pode ser feita em casa”, explica.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, 55,4% da população acima dos 60 anos das capitais brasileiras e do Distrito Federal são hipertensos. Entre as principais causas para o crescimento, está a mudança dos hábitos alimentares, estilo de vida e o próprio envelhecimento populacional.
Coordenação adequada das doenças ajuda a garantir mais qualidade de vida
Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu nos últimos anos, passando de 5,5% para 8,9% entre 2006 e 2016. Quando se trata dos idosos, os números tendem a aumentar: cerca de 24% da população acima dos 65 anos possui a doença.
“Por já apresentarem mais riscos naturalmente e conviverem com essas doenças por anos, os idosos têm os órgãos e os vasos sanguíneos mais comprometidos. Além disso, para os portadores de diabetes, aumentam os riscos de doenças da visão e amputações, devido ao excesso de açúcar no sangue. Vemos que as consequências das doenças são muito maiores nessa população, são mais debilitantes. Por isso, é importante controlar a doença e conduzir o tratamento adequado, para que tenham uma melhor qualidade de vida”, afirma Pasiani.
Nestes casos, o atendimento domiciliar se reafirma como a melhor opção para tratamento, já que, além de não estar exposto a outras infecções, evita o deslocamento, que pode ser mais dificultado pela idade. “É comum que a locomoção seja mais difícil para a terceira idade. Por isso, possibilitar um cuidado médico que seja de fácil acesso é fundamental para a saúde desse público”.
AVCs estão entre as principais complicações entre idosos
Se por um lado o diabetes e a hipertensão são as doenças mais comuns entre os idosos, o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) estão entre as principais complicações, principalmente para os idosos que convivem com essas doenças por mais tempo.
Além da idade, o tabagismo, a alimentação desequilibrada, o sedentarismo e ocorrências anteriores de derrames ou infartos, também aumentam as chances de um novo desenvolvimento dessas complicações.
Prevenção é o melhor remédio
Para a especialista, a mudança no estilo de vida e na alimentação, são fundamentais para evitar essas doenças. Além disso, controlar e seguir tratamento corretamente também atuam como formas de prevenção, possibilitando mais qualidade de vida. “O medicamento não é apenas para baixar a pressão, por exemplo, mas para prolongar o tempo de vida e postergar as consequências esperadas para essas doenças. Quanto melhor controladas estiverem a pressão ou o diabetes, menores serão as lesões de órgãos e as consequências dessas doenças”.