Como cuidar da saúde mental no fim do ano: dicas para lidar com expectativas e frustrações
Aprenda a gerenciar pressões, metas não cumpridas e a “dezembrite” para um final de ano mais leve
O final do ano é um período marcado por celebrações, mas também pode trazer um aumento do estresse e da melancolia para muitas pessoas. Conhecida popularmente como “dezembrite”, essa sensação de exaustão e sintomas depressivos surge devido à pressão para lidar com familiares e à frustração por metas não alcançadas ao longo do ano.
Segundo a psicóloga Giorgia Ocinschi, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, cuidar da saúde mental nessa época exige estratégias de autocuidado e o estabelecimento de limites saudáveis. “A ‘dezembrite’ não é um diagnóstico propriamente dito, mas é um fenômeno comum nessa época e uma das estratégias para evitar essa exaustão é estabelecer limites saudáveis. Isso inclui aprender a dizer ‘não’ para convites ou tarefas que sobrecarregam, priorizando o que é realmente importante”, explica.
Gerenciar as expectativas é outro ponto fundamental. A busca pelo fim de ano perfeito pode gerar ansiedade desnecessária. “Se você estiver lidando com luto, perdas ou saudade, reconheça a melancolia como um sentimento normal, permitindo-se sentir sem julgamento. Converse com alguém de confiança quando estiver se sentindo triste, melancólico ou sobrecarregado. Diálogos criam laços, que são parte do suporte para lidar com situações ruins”, orienta a especialista.
Reservar um tempo para si mesmo, mesmo que breve, é essencial. Atividades relaxantes como leitura, música ou meditação por apenas 15 minutos podem fazer diferença. “Reflita sobre o que o fim de ano significa para você, seja passar tempo com entes queridos, fazer trabalho voluntário ou simplesmente descansar, e priorize essa conexão pessoal, em vez de se alinhar às expectativas sociais”, destaca Giorgia.
Quanto às metas não cumpridas, a psicóloga lembra que a frustração é parte do crescimento e pode ser transformada em aprendizado. “O primeiro passo desse processo é a autoaceitação e a validação do esforço investido. É essencial evitar a mentalidade de ‘tudo ou nada’, reconhecendo que qualquer progresso é valioso.” Ela exemplifica: “Se a meta, por exemplo, era ler 10 livros e você leu seis, isso representa um ganho significativo.”
Além disso, é importante considerar os imprevistos e mudanças de prioridades que podem ter afetado o cumprimento das metas, sem se culpar por fatores externos. “O foco deve ser transferido para o processo e, principalmente, para a lição. A pergunta central é: ‘O que eu aprendi?’ Isso envolve identificar o que impediu o avanço e determinar o que será feito de diferente no próximo ciclo.”
A especialista também alerta para os perigos das comparações, especialmente intensificadas pelas redes sociais no fim do ano. “É fundamental compreender que o tempo e o processo de cada pessoa são únicos. Comparações constantes geram frustração e distorcem a percepção da própria realidade.” Reconhecer que cada trajetória é legítima e diferente ajuda a preservar a autoestima e a saúde mental.
Assim, o final do ano pode ser um momento de reflexão, gentileza consigo mesma e conexão verdadeira, longe das pressões e julgamentos. Cuidar da saúde mental é essencial para iniciar o novo ciclo com equilíbrio e esperança.
Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



