Síndrome do fim de ano: entenda como o encerramento de ciclos impacta sua saúde emocional

Cansaço, tristeza e pressão social: saiba por que o final do ano pode ser um desafio para o equilíbrio emocional

À medida que o fim do ano se aproxima, muitas pessoas experimentam uma sensação difícil de explicar: uma mistura de cansaço, tristeza, sensibilidade e até um vazio silencioso. A pergunta que surge com frequência é: “Por que estou assim, se deveria estar feliz?”. Esse conjunto de emoções está relacionado ao que se chama de “Síndrome do fim de ano”, um fenômeno emocional que ganha força justamente pelo simbolismo desse período.

De acordo com Jailza Peguim, psicanalista da SOW Saúde Integral, o final do ano não representa apenas uma mudança no calendário. “O período marca o encerramento de ciclos, ativa conteúdos inconscientes, desperta memórias, reativa lutos e provoca balanços internos sobre o que foi vivido, o que ficou pelo caminho e o que não aconteceu como se esperava. Mesmo quando o ano foi considerado positivo, o fechamento mobiliza emoções profundas, pois toda despedida exige elaboração psíquica”, explica.

Entre as causas da síndrome estão o acúmulo de sobrecarga emocional ao longo do ano, a pressão por produtividade e sucesso, conflitos familiares, perdas afetivas e a cobrança social para celebrar e demonstrar felicidade. Nesse contexto, sentimentos legítimos acabam sendo vividos de forma silenciosa, sem acolhimento e sem escuta. “A tristeza do final do ano passa pela crença que temos de estar felizes e bem o tempo todo. Essas exigências criam um abismo na cabeça das pessoas, que pensam que não deveriam se sentir tristes. Isso amplia o sofrimento e gera culpa”, complementa a psicanalista.

Diferente da tristeza comum, que geralmente está ligada a um fato específico, a tristeza do fim do ano é mais difusa, simbólica e existencial. Ela mistura memórias, expectativas, balanços e cobranças, além de lutos que muitas vezes parecem maiores que a situação concreta. Por isso, muitas pessoas sentem um mal-estar difícil de nomear, acompanhado de culpa por não corresponder ao ideal coletivo de felicidade imposto pelas festas.

Para atravessar esse período com mais consciência e menos sofrimento, a psicanálise oferece um caminho de escuta e elaboração. Em vez de negar ou considerar anormais os sentimentos, ela convida a compreender o que está acontecendo internamente. “A psicanálise transforma o final do ano de sobrecarga emocional em uma oportunidade de maturidade psíquica. Nomear o que dói, reorganizar o que pensa e elaborar o que ficou pendente. Enfim, atravessar o simbolismo desse período com mais leveza”, afirma Jailza.

Dar espaço à palavra, reconhecer limites e legitimar emoções são movimentos fundamentais para reduzir o sofrimento psíquico. O fim do ano não exige perfeição nem felicidade constante. Ele pede pausa, gentileza consigo mesmo e respeito ao próprio tempo emocional. “Nem todo ciclo precisa ser fechado com festa; alguns precisam ser encerrados com silêncio, cuidado e acolhimento”, conclui a psicanalista.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da SOW Saúde Integral, que atua no fortalecimento da saúde integral de crianças, adolescentes e suas famílias, oferecendo atendimentos personalizados e acessíveis, com foco na transformação social e no bem-estar coletivo.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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