Saúde mental e home office: desafios e soluções para o equilíbrio emocional
Entenda como a nova realidade do trabalho remoto impacta o bem-estar e o que fazer para preservar a saúde mental
A saúde mental é uma preocupação crescente no Brasil, especialmente diante das transformações no mercado de trabalho. Segundo dados do Ministério da Previdência Social, quase meio milhão de trabalhadores foram afastados em 2024, muitos por transtornos mentais. Além disso, o levantamento Ipsos Health Service Report 2025 revela que 52% dos brasileiros consideram a saúde mental sua maior preocupação, e o país está entre os cinco com maior índice de estresse incapacitante, afetando 31% dos entrevistados.
O home office, amplamente adotado, oferece vantagens como flexibilidade para conciliar vida pessoal e profissional, redução do estresse com deslocamentos e personalização do ambiente de trabalho. No entanto, essa modalidade também traz desafios emocionais importantes. A professora de Psicologia da UniCesumar, Elessandra Bassoli, destaca que “não há dúvida de que essa modalidade de trabalho pode proporcionar maior autonomia e até mesmo aumentar a satisfação e a produtividade. No entanto, é fundamental que o trabalhador saiba estabelecer limites e criar uma rotina equilibrada para evitar sobrecarga emocional”.
A fusão entre o ambiente doméstico e profissional pode causar estresse, prejudicar o sono e gerar isolamento social. Elessandra explica que “quando o trabalhador não diferencia claramente seu horário de trabalho do tempo dedicado à vida pessoal, ele pode acabar negligenciando uma dessas áreas, o que afeta diretamente sua saúde mental”. O isolamento social, por sua vez, pode agravar quadros de ansiedade e depressão, já que o contato humano é essencial para o bem-estar psicológico. A especialista reforça que “o contato humano vai além da troca de ideias; ele exerce um papel essencial no fortalecimento do bem-estar psicológico, e sua ausência no trabalho remoto deve ser compensada por outras formas de interação e conexão”.
Outro desafio é a “cultura de disponibilidade constante”, que pressiona o trabalhador a estar sempre online, respondendo a demandas a qualquer hora, o que pode levar ao esgotamento e prejudicar a produtividade e a saúde emocional.
Para minimizar esses impactos, Elessandra recomenda algumas estratégias: planejar uma rotina clara com horários definidos para início e término do expediente, criar um espaço físico apropriado para o trabalho, separado das áreas de lazer, e manter hábitos saudáveis como exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada e momentos de lazer.
Além disso, o papel das empresas e líderes é fundamental para criar uma cultura organizacional que priorize o bem-estar emocional. “Empresas que promovem um ambiente de trabalho saudável e respeitam as necessidades emocionais de seus colaboradores não apenas reduzem os riscos à saúde mental, mas também fortalecem o vínculo e a produtividade da equipe”, conclui a especialista.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da UniCesumar, reforçando a importância de ações conjuntas para enfrentar os desafios da saúde mental no contexto do trabalho remoto.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA