Reduzir 20% o consumo de álcool pode salvar uma vida por hora no Brasil

Estudo da Fiocruz revela que menos álcool significa milhares de vidas preservadas e bilhões em economia anual

Dados recentes da Fiocruz, obtidos por meio de assessoria de imprensa, indicam que uma redução de 20% no consumo de álcool no Brasil pode salvar mais de 10 mil vidas por ano, o que equivale a evitar uma morte a cada hora. O estudo, realizado pelo pesquisador Eduardo Nilson a pedido da Vital Strategies e da ACT Promoção da Saúde, faz parte do Programa RESET Álcool e atualiza números alarmantes sobre os impactos do álcool na saúde pública e na economia brasileira.

Em 2019, o consumo de álcool foi responsável por 102,3 mil mortes no país, cerca de 12 por hora, gerando perdas econômicas de R$20,6 bilhões anuais apenas em produtividade. A redução proposta não só salvaria vidas, mas também evitaria um prejuízo de R$2,1 bilhões por ano, valor equivalente a 58% do orçamento do Farmácia Popular em 2024, um dos maiores programas de acesso a medicamentos do Brasil.

“O álcool impõe um peso econômico significativo ao país ao afastar milhares de pessoas do mercado de trabalho antes do tempo”, explica Eduardo Nilson. Além disso, o estudo destaca que os custos indiretos relacionados às mortes prematuras incluem perda de produtividade, impacto na renda familiar e na economia em geral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda acelerar ações para atingir uma redução de 20% no consumo de álcool até 2030, meta que o Brasil pode alcançar com a implementação de políticas públicas eficazes, como o aumento da tributação sobre bebidas alcoólicas. Luciana Vasconcelos Sardinha, da Vital Strategies, ressalta que a definição das alíquotas do imposto seletivo sobre o álcool é uma oportunidade crucial para reduzir adoecimentos, acidentes, violências e mortes, além de aliviar o impacto nos sistemas de saúde e previdência.

O estudo também analisou um cenário mais conservador, com redução de 10% no consumo, que ainda resultaria em quase 5 mil vidas poupadas e R$1 bilhão em perdas econômicas evitadas anualmente. Entre as medidas mais custo-efetivas para reduzir os danos do álcool, o pacote SAFER da OMS destaca o controle da disponibilidade, restrição da publicidade e, principalmente, o aumento da tributação.

Paula Johns, diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde, enfatiza que a maioria da população apoia medidas para minimizar os danos do álcool e que a definição de alíquotas adequadas pode ajudar a população a fazer escolhas mais saudáveis, reduzindo custos sociais e econômicos.

Este estudo reforça a importância de políticas públicas coordenadas para enfrentar os impactos do consumo de álcool, que vão desde doenças crônicas até violência e acidentes, afetando diretamente a saúde e o bem-estar da população feminina e de toda a sociedade brasileira. A redução do consumo é, portanto, um passo essencial para melhorar a qualidade de vida e a saúde pública no país.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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