Crise nos apps de relacionamento: 30% das conversas terminam no primeiro dia, revela pesquisa
Estudo do Denga Love aponta superficialidade e falta de iniciativa nas interações; campanha busca resgatar diálogos autênticos
Uma pesquisa recente realizada pelo aplicativo de relacionamentos Denga Love, voltado à comunidade negra, revela um cenário preocupante para quem busca conexões reais no mundo digital. Segundo o levantamento divulgado em julho de 2025, 45% das conversas entre usuários são superficiais, e 30% delas terminam no primeiro dia ou após poucas mensagens. Esses dados, obtidos por meio da assessoria de imprensa do app, evidenciam uma crise de engajamento que afeta a qualidade das interações e a possibilidade de encontros presenciais.
O estudo aponta que a maioria das conversas não evolui para encontros reais principalmente por dois motivos: falta de interesse mútuo, citada por 60% dos entrevistados, e ausência de iniciativa da outra parte, mencionada por 50%. Além disso, 35% dos usuários afirmam que seus matches “raramente” ou “quase nunca” puxam conversa, o que reforça o desequilíbrio no esforço de comunicação entre os pares.
O psicólogo Carlos Lima, especialista em relações digitais, analisa esse comportamento: “Virou um jogo de acumulação. As pessoas gostam da dopamina do like e do match, mas fogem quando a interação exige mais profundidade”. Essa dinâmica transforma o uso dos aplicativos em uma busca por validação rápida, em vez de uma tentativa genuína de conexão.
Para enfrentar esse desafio, o Denga Love lançou a campanha “Toda história de amor começa com um oi”, que incentiva conversas mais autênticas e prolongadas. A iniciativa inclui novas funcionalidades no app, como lembretes para iniciar diálogos, mensagens rápidas sugeridas e recompensas para quem toma a iniciativa, além de ações nas redes sociais e eventos presenciais. Barbara Brito, COO e fundadora do Denga Love, destaca: “Acreditamos que as conexões reais começam com um bom diálogo, mas os dados mostram que isso tem se perdido. Com a campanha, esperamos ajudar a mudar esse cenário nas conexões geradas no nosso app.”
Os desafios apontados pelo Denga Love refletem tendências observadas em toda a América Latina. Pesquisas recentes indicam que 35% dos usuários brasileiros de apps de namoro raramente conversam com suas conexões, enquanto 68% dos mexicanos sentem ansiedade ao marcar encontros presenciais. O excesso de redes sociais e a cultura da distração também prejudicam a capacidade de manter diálogos consistentes, com mais da metade dos jovens brasileiros entre 18 e 30 anos incapazes de sustentar uma conversa longa sem checar o celular.
Além disso, a solidão é um sentimento crescente mesmo em meio à hiperconectividade digital. Dados da Ipsos mostram que 30% dos brasileiros frequentemente se sentem sozinhos, e a CEPAL alerta para o isolamento social entre trabalhadores remotos na América Latina.
Para a socióloga Mariana Fernández, o problema não está na tecnologia, mas no uso que fazemos dela: “Se os aplicativos forem tratados apenas como ferramentas de validação, o risco é transformar oportunidades de conexão real em hábitos vazios e repetitivos.”
O Denga Love, com mais de 200 mil usuários e 10 milhões de conexões realizadas desde seu lançamento em 2022, busca ser mais do que uma plataforma de encontros. Seu propósito é promover relacionamentos significativos e duradouros, especialmente para a comunidade negra, valorizando a cultura afro-brasileira e incentivando diálogos que vão além da superfície. Como afirma Barbara Brito, “relações começam com um ‘oi’, mas só florescem quando há disposição de ambos os lados para ir além da superfície”.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA