SUS substitui Papanicolau por teste que detecta HPV até 10 anos antes das lesões

Novo exame molecular DNA-HPV traz mais precisão e amplia intervalo entre exames no SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) está implementando uma importante mudança no rastreamento do câncer do colo do útero: o tradicional exame de Papanicolau será substituído pelo teste de DNA-HPV, um exame de biologia molecular baseado em PCR que consegue detectar o vírus HPV com até 10 anos de antecedência ao desenvolvimento das lesões que podem evoluir para o câncer.

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil possuem o HPV, um dos principais causadores do câncer cervical, que é a quarta causa de morte entre mulheres no país. A infecção pelo HPV pode ser prevenida por meio de vacinas e exames de rastreio, sendo o novo teste uma inovação significativa na medicina preventiva.

A ginecologista Dra. Wanuzia Miranda destaca que “a genotipagem é um marco para o nosso país, pois a biologia molecular é um exame de ponta para a identificação não só do HPV, mas também de muitos outros agentes infecciosos. Ela desempenha um papel importantíssimo no entendimento de algumas doenças, analisando genes e células. Isso possibilita desenvolver terapias mais eficazes e mais específicas, a chamada medicina personalizada.”

Uma das limitações do Papanicolau é a subjetividade na interpretação das amostras, o que pode levar a falsos negativos e atrasar o diagnóstico. “Há uma subjetividade muito grande na interpretação das atipias citopatológicas, e isso faz com que haja muita discordância entre observadores da mesma amostra. Também não podemos negar que o índice de falsos negativos é muito grande e isso é um prejuízo, pois dá tempo da neoplasia evoluir para casos mais graves”, explica a especialista.

O teste de DNA-HPV, por sua vez, possui alta sensibilidade e especificidade, além de um controle interno de qualidade que confirma a viabilidade da amostra coletada. Ele é capaz de detectar o vírus mesmo em baixa carga viral, graças à técnica de PCR que amplifica sequências específicas do DNA do vírus.

Com essa tecnologia, o intervalo entre exames poderá ser ampliado. Enquanto o Papanicolau era indicado anualmente a partir dos 25 anos para mulheres sexualmente ativas, o novo teste permite que, em caso de resultado negativo, o exame seja repetido a cada cinco anos. “Em um teste com resultado negativo, a possibilidade de se desenvolver câncer é algo tão baixo, em torno de 0,15%, que se põe um espaçamento de cinco anos para que um novo exame seja realizado sem essa aflição”, ressalta Dra. Wanuzia.

Além do câncer do colo do útero, o HPV pode causar tumores em outras regiões, como ânus, reto, orofaringe, boca, laringe, vulva, vagina e pênis, além de lesões benignas como verrugas genitais. A vacinação contra o HPV é recomendada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, preferencialmente antes do início da vida sexual, e também para pessoas até 26 anos que não foram vacinadas na adolescência.

Essa atualização no SUS representa um avanço na saúde pública, com a expectativa de reduzir em até 70% os casos graves da doença. O novo exame molecular é uma ferramenta poderosa para o diagnóstico precoce e prevenção do câncer, promovendo mais segurança e tranquilidade para as mulheres brasileiras.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa. Para mais detalhes sobre os exames e prevenção do HPV, procure seu médico ou unidade de saúde.

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EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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