É Possível Engravidar com Endometriose? O Que a Medicina Reprodutiva Diz Sobre Isso
Entenda como a reprodução assistida pode ajudar mulheres com endometriose a realizarem o sonho da maternidade e o impacto da gravidez na doença.
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A matéria traz uma abordagem acessível e embasada sobre as possibilidades reais de gravidez mesmo com endometriose, uma condição que atinge milhões de mulheres e ainda é cercada de desinformação. Além disso, revela um ponto pouco explorado: como a gestação pode, em alguns casos, atuar como uma forma de controle da própria doença.
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É Possível Engravidar com Endometriose? O Que a Medicina Reprodutiva Tem a Dizer Sobre Isso
Com os avanços das técnicas de fertilização assistida, mulheres com endometriose podem, sim, engravidar. Mais do que isso: a gestação pode até ajudar no controle da própria doença. Entenda como funciona.
A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina, mas não é uma sentença definitiva.
Com os recursos disponíveis hoje na medicina reprodutiva, é plenamente possível que mulheres com endometriose realizem o sonho da maternidade. E mais: em alguns casos, a própria gravidez pode atuar como uma forma de “tratamento” da doença.
Por que a endometriose dificulta a gravidez?
O ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, Dr. Orlando Monteiro, explica que a endometriose ocorre quando células do endométrio (tecido que reveste o útero) crescem fora dele, provocando inflamações crônicas. Essa condição pode comprometer a anatomia e a função das trompas, dos ovários e de outras estruturas essenciais para a fertilidade. Além disso, alterações no ambiente hormonal e imunológico também dificultam a fecundação e a implantação do embrião.
Terapia de reprodução assistida: quando é indicada?
Nem todas as mulheres com endometriose serão inférteis, mas quando a gestação natural não acontece, a reprodução assistida pode ser uma excelente alternativa. As opções variam conforme a gravidade da doença e a idade da paciente:
● Casos leves ou moderados: podem se beneficiar da inseminação intrauterina, dependendo da função das trompas.
● Casos mais avançados ou com aderências pélvicas: a Fertilização In Vitro (FIV) costuma ser a abordagem mais eficaz.
A FIV permite contornar estruturas comprometidas (como trompas obstruídas), aumentando significativamente as chances de gravidez, mesmo em mulheres com endometriose profunda.
● A cirurgia para endometriose, quando o objetivo é engravidar, normalmente não é a primeira opção terapêutica. Na verdade, a cirurgia pode até comprometer o futuro reprodutivo desta mulher, principalmente quando existe a abordagem cirúrgica de endometriomas, que são cistos de endometriose nos ovários. Com esta cirurgia há a diminuição da reserva ovariana, ou seja, a redução do número de óvulos desta paciente de maneira irreversível, havendo casos, inclusive, de risco para insuficiência ovariana prematura (risco de menopausa precoce).
O adiamento da melhor conduta em um casal com infertilidade pode reduzir ainda mais as chances de sucesso, pois o tempo é fundamental, principalmente para a mulher. A idade feminina é crucial para os melhores resultados. Portanto, um bom aconselhamento reprodutivo por um médico especialista em Reprodução Assistida e endometriose é mais que oportuno.
Grávida com endometriose: melhora ou piora a condição?
É verdade que a gravidez pode exercer um efeito positivo sobre a endometriose. Isso acontece porque, durante a gestação, há um aumento dos níveis de progesterona e a interrupção do ciclo menstrual, dois fatores que contribuem para “adormecer” as lesões endometrióticas.
Embora não haja cura definitiva, a ausência de menstruação e a estabilidade hormonal durante os nove meses costumam aliviar os sintomas e, em muitos casos, provocar uma regressão das lesões.
Mas atenção:
Esse efeito é temporário. Após o parto, quando o ciclo menstrual é retomado, a doença pode voltar a se manifestar, especialmente se não houver um plano de acompanhamento adequado. Por isso, o tratamento da endometriose deve continuar mesmo após a gravidez, com foco na saúde a longo prazo da mulher.
O Dr. Orlando Monteiro conclui: “A endometriose pode representar um obstáculo, mas não precisa ser um fim de caminho. Com diagnóstico preciso, estratégias personalizadas e os recursos da reprodução assistida, é possível não só engravidar, como viver essa fase de forma mais saudável e acolhida. O segredo está em buscar ajuda especializada, cedo e com informação de qualidade.”
Dr. Orlando Monteiro (CRM/SP 73806 | CRM/MS 3256)
Ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana
Há mais de 25 anos ajudando mulheres a realizarem o sonho da maternidade. Referência em FIV, inseminação, congelamento de óvulos, histeroscopia e tratamento da endometriose, une experiência, empatia e alta tecnologia para cuidar da fertilidade de forma completa e acolhedora.
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Autor: Dr. Orlando Monteiro
Qualificações: Ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana; CRM/SP 73806 | CRM/MS 3256; mais de 25 anos de experiência; referência em FIV, inseminação, congelamento de óvulos, histeroscopia e tratamento da endometriose
Por Dr. Orlando Monteiro
Ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana; CRM/SP 73806 | CRM/MS 3256; mais de 25 anos de experiência; referência em FIV, inseminação, congelamento de óvulos, histeroscopia e tratamento da endometriose
Artigo de opinião