Congelamento de óvulos: por que o ginecologista deve falar sobre isso nas consultas de rotina
Entenda a importância do planejamento reprodutivo e como a preservação da fertilidade pode ser abordada desde cedo
No mês dedicado à conscientização sobre a infertilidade, a influenciadora e ex-BBB Mari Gonzalez iniciou o processo de congelamento de óvulos, compartilhando sua decisão com o público nas redes sociais. Essa atitude trouxe à tona um tema essencial, porém ainda pouco discutido nas consultas ginecológicas de rotina: o planejamento reprodutivo e a preservação da fertilidade feminina.
Segundo o ginecologista e especialista em medicina reprodutiva Dr. Maurício Chehin, do Grupo Huntington, a escolha de Mari ajuda a dar visibilidade a uma prática que ainda não é comum na rotina das mulheres. “Observamos que não é uma prática muito comum, infelizmente, porque o ginecologista costuma ter uma formação em que possui uma preocupação muito grande com a gravidez indesejada”, explica. Ele destaca que, tradicionalmente, o foco do ginecologista está na contracepção para evitar gestações não planejadas, deixando de lado a avaliação da reserva ovariana. “As mulheres vão às consultas anuais, realizam o exame de Papanicolau, fazem os exames físicos, ultrassom e saem de lá sabendo que está tudo bem neste sentido. Mas e a reserva ovariana? Se ela estiver baixa, ninguém está sabendo”, alerta.
Para o especialista, é fundamental ampliar o conceito de planejamento familiar para incluir também o planejamento da melhor idade para engravidar, respeitando os projetos de vida de cada mulher. “Planejamento familiar também significa planejar a melhor possibilidade de gravidez, na idade em que a paciente deseja engravidar. Não é apenas sobre evitar uma gestação indesejada. E esse olhar já deveria fazer parte da abordagem nas consultas ginecológicas de rotina”, reforça.
Esse alerta é especialmente importante para mulheres a partir dos 30 anos. “Se a paciente está se aproximando dos 35 e não tem planos de engravidar a curto ou médio prazo, é fundamental avaliar a reserva ovariana. Dependendo do resultado e dos seus projetos de vida, o congelamento de óvulos pode ser indicado como uma alternativa segura para preservar suas chances de uma gravidez futura”, orienta Dr. Chehin.
Nos últimos dez anos, a técnica de congelamento de óvulos evoluiu muito e se tornou mais conhecida, mas ainda é vista como novidade por muitas mulheres e até profissionais da saúde. Por isso, o Grupo Huntington tem investido em conscientização por meio de educação continuada, campanhas e participação em congressos, para que o tema seja incorporado à rotina dos consultórios.
“O congelamento de óvulos é uma técnica que tem evoluído e se tornado mais conhecida, por isso ainda é considerado algo relativamente novo para a medicina. Temos realizado, aqui na Huntington, um movimento de conscientização, tanto com médicos quanto com pacientes, por meio de palestras de educação continuada, de atualizações e trazemos o assunto também em campanhas e congressos médicos, a fim de que ele se torne rotina nos consultórios”, conclui o médico.
Este conteúdo foi produzido com base em informações da assessoria de imprensa do Grupo Huntington, reforçando a necessidade de ampliar o diálogo sobre fertilidade nas consultas ginecológicas e incentivar o planejamento reprodutivo consciente.
Queremos saber: você já conversou com seu ginecologista sobre sua reserva ovariana ou congelamento de óvulos? Compartilhe sua experiência nos comentários!

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA