Fitness Inclusivo: Como as Academias Estão Se Tornando Acessíveis para Todos
Do projeto arquitetônico ao atendimento humanizado, o setor investe em adaptações para acolher pessoas com mobilidade reduzida
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A busca por saúde e bem-estar não deve ter barreiras. No entanto, para milhões de brasileiros com mobilidade reduzida, frequentar uma academia ainda é um desafio. Dados do IBGE (2022) revelam que 17,2 milhões de pessoas enfrentam dificuldades em atividades cotidianas, como subir escadas. Felizmente, o setor fitness está se movimentando para mudar esse cenário, investindo em acessibilidade e inclusão como pilares essenciais.
### Estrutura que Inclui
Rampas, elevadores, vestiários adaptados e equipamentos especiais são apenas o começo. A verdadeira transformação está na combinação entre infraestrutura adequada e atendimento capacitado. Academias como a Gaviões, que possui 72,9% de suas unidades acessíveis, mostram que a inclusão vai além do concreto. “Queremos que todos se sintam seguros e acolhidos. Isso começa no projeto arquitetônico e se estende ao treinamento da equipe”, afirma Priscila Aguiar, CEO da rede.
### O Desafio da Permanência
Um estudo da *Revista Brasileira de Educação Especial* (2020) apontou que apenas 15% das pessoas com deficiência física em São Paulo frequentam academias regularmente. Os motivos? Falta de adaptações, equipamentos inacessíveis e profissionais despreparados. Para reverter essa realidade, marcas estão adotando treinos personalizados e escuta ativa às necessidades dos alunos. “Inclusão não é um projeto paralelo; é a essência do negócio”, reforça Priscila.
### Mercado em Expansão
A demanda por espaços inclusivos abre oportunidades para o setor. Além de cumprir um papel social, as academias que investem em acessibilidade ampliam seu público e fortalecem a fidelização. A chave, segundo especialistas, está em integrar diversidade desde o planejamento — seja na arquitetura, na equipe ou nas atividades oferecidas.
O movimento por um fitness mais inclusivo já começou, mas ainda há caminho a percorrer. Enquanto isso, iniciativas como as da Gaviões provam que, quando a inclusão é prioridade, todos ganham: os negócios, a sociedade e, principalmente, quem finalmente pode se exercitar com dignidade.
*Com informações do IBGE e Revista Brasileira de Educação Especial.*