Brasil é o 10º país que mais desperdiça alimentos no mundo. Como a tecnologia pode ajudar no combate ao desperdício?
A Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que o Brasil é o 10ª país que mais desperdiça alimentos no mundo, com aproximadamente 23 toneladas da produção desperdiçadas por ano. No entanto, o desperdício é ainda maior. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destaca que 30% dos alimentos produzidos acabam sendo descartados. Isso equivale a 46 milhões de toneladas de alimentos jogados fora anualmente.
O prejuízo na economia, de acordo com IBGE, é de R$ 61,3 bilhões por ano. Mas além do impacto econômico no PIB brasileiro, o desperdício de alimentos implica primeiro e mais gravemente a vida das pessoas. O relatório “Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2022” da ONU apontou que 60,3 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar no Brasil.
Segundo Saulo Marti, Chief Marketing Officer da foodtech Diferente e especialista em varejo alimentar, as foodtechs vêm apresentando um alto impacto para a sociedade e todo o trabalho desenvolvido pela companhia é feito com base em ofertar um consumo de orgânicos de forma mais consciente e vantajosa para os clientes. “As empresas de tecnologia focadas no setor de alimentos estão buscando revolucionar o mercado. Conosco isso não é diferente. O nosso objetivo é democratizar o acesso à alimentação saudável, além de contribuir no combate ao desperdício e no incentivo da preservação ambiental”.
Além do incentivo à alimentação saudável, a companhia está empenhada ainda em promover o consumo dos alimentos em sua totalidade, evitando, assim, o desperdício. Para isso, a foodtech está utilizando inteligência artificial proprietária para ajudar os clientes a prepararem receitas de acordo com os itens recebidos em sua cesta de alimentos orgânicos. Por exemplo, o dispositivo ajuda a combinar receitas com bananas e maçãs (caso o mesmo receba esses itens), trazendo em tempo real uma série de receitas que podem ser feitas com essas frutas.